Justiça condena casal por manter trabalhadora em condições de escravidão por quase 40 anos em MG

Segundo informações do Ministério Público Federal, em 1981, aos 8 anos de idade, Madalena Gordiano iniciou seu trabalho para a família de Dalton César Milagres Rigueira. Foto/Reprodução.

Sentença rigorosa reflete a persistência da escravidão moderna e a busca por justiça para Madalena Gordiano.

Por Carla Pereira|GNEWSUSA

A Justiça Federal de Minas Gerais emitiu uma sentença condenando Dalton César Milagres Rigueira e Valdirene Lopes Rigueira a mais de 14 anos de prisão por manter uma trabalhadora doméstica, Madalena Gordiano, em condições de trabalho análogas à escravidão por quase quatro décadas. As investigações conduzidas pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) e pela Polícia Federal (PF) revelaram que Madalena Gordiano foi mantida em regime de escravidão por 39 anos, submetida a jornadas exaustivas e condições de trabalho degradantes.

As acusações contra o casal incluíram redução à condição análoga à de escravo, furto qualificado e lesão corporal. O juiz federal William Matheus Fogaça de Moraes proferiu a sentença, enfatizando a gravidade do caso e a negação sistemática de produtos de higiene básicos à vítima, expondo-a a condições insalubres e indignas.

A pena imposta ao casal foi de 14 anos e sete meses de prisão, sendo 12 anos e oito meses em regime fechado, além de um ano e 11 meses em regime semiaberto. O desfecho judicial não apenas busca justiça para Madalena, mas também lança luz sobre a persistência da escravidão moderna, evidenciando a necessidade contínua de combater e punir práticas de trabalho escravo para garantir a proteção dos direitos humanos e a dignidade de todos.

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