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Caso abre discussão sobre direitos religiosos e discriminação nos procedimentos policiais
Por Carla Pereira/GNEWSUSA
O Departamento de Polícia de Nova Iorque concordou em pagar $17,5 milhões de dólares em um acordo histórico após duas mulheres muçulmanas entrarem com uma ação, alegando que foram forçadas a removerem seus hijabs para tirar fotos de fichas criminais. O caso lançou luz sobre questões de direitos religiosos e discriminação nos procedimentos policiais.
Segundo relatos, as mulheres, identificadas como Amina Ali e Fatima Khan, foram detidas em diferentes incidentes e instruídas a retirarem seus hijabs para as fotografias de suas fichas criminais, apesar de expressarem objeções com base em suas crenças religiosas.
“Quando me pediram para tirar o hijab, senti que estavam violando não apenas minha privacidade, mas também minha fé”, afirmou Amina Ali, uma das autoras da ação.
Fatima Khan, a segunda mulher envolvida no processo, compartilhou suas experiências, destacando os impactos emocionais e psicológicos da situação. “Foi humilhante e desrespeitoso. Me senti tratada como uma criminosa só por causa da minha religião”, disse Khan.
O advogado das mulheres, John Martinez, enfatizou a importância do acordo alcançado. “Esperamos que este acordo envie uma mensagem clara de que todos devem ser tratados com respeito e dignidade, independentemente de sua fé ou origem étnica”, declarou Martinez.
O caso das duas mulheres trouxe à tona preocupações sobre práticas policiais e procedimentos que podem violar os direitos religiosos e culturais das pessoas. Organizações de direitos civis elogiaram o acordo como um passo na direção certa, mas ressaltaram a necessidade de uma reforma mais ampla nas políticas policiais para garantir o respeito à diversidade religiosa e cultural da cidade.
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