Presidente de Portugal reconhece responsabilidade histórica e defende reparação por escravidão e crimes coloniais

Foto: Reprodução.
 Marcelo Rebelo afirma que Portugal deve enfrentar as consequências de sua história e assumir a responsabilidade pelos danos causados.
Por Schirley Passos|GNEWSUSA

Em um pronunciamento surpreendente nesta terça-feira(24/04), o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, reconheceu a culpa do país pelos horrores da escravidão e pelos crimes coloniais cometidos durante seu passado colonial. Durante uma entrevista coletiva para jornalistas estrangeiros, Rebelo afirmou que Portugal deve enfrentar as consequências de sua história e estar disposto a “pagar os custos” pelos danos causados.

O presidente português reconheceu que o país teve um papel significativo no comércio transatlântico de escravos e na exploração de suas colônias, causando sofrimento e injustiça aos povos africanos e indígenas. Ele expressou profundo pesar pelos danos causados e enfatizou a importância de uma reflexão honesta sobre o passado colonial de Portugal.

Rebelo ressaltou que, embora não possa mudar o passado, é fundamental que Portugal assuma a responsabilidade pelos erros cometidos e trabalhe para reparar as injustiças históricas. Ele destacou a necessidade de um diálogo aberto e inclusivo com os países e comunidades afetadas, a fim de buscar soluções e promover a reconciliação. 

“Há ações que não foram punidas e os responsáveis ​​não foram presos. Há bens que foram saqueados e não foram devolvidos Vamos ver como podemos reparar isso.”, teria dito o chefe de Estado ao reconhecer que somente pedir desculpas não é o suficiente. “Pedir desculpa é a parte mais fácil”, “Temos que pagar os custos”, disse o presidente.

O reconhecimento da culpa de Portugal por seu passado colonial é um marco significativo na história do país. Essa postura do presidente Rebelo reflete uma crescente consciência global sobre a necessidade de enfrentar os legados do colonialismo e da escravidão, reconhecendo o impacto duradouro desses eventos históricos.

No entanto, o caminho para a reconciliação e reparação ainda é longo. O presidente Rebelo destacou a importância de ações concretas, como investimentos em educação, cultura e desenvolvimento nas antigas colônias portuguesas, além de programas de inclusão e combate ao racismo dentro do próprio país.

A declaração do presidente português gerou reações mistas dentro e fora do país. Enquanto alguns elogiaram a coragem de Portugal em enfrentar seu passado, outros argumentaram que ações práticas e políticas mais concretas são necessárias para superar as injustiças históricas e promover a igualdade.

O reconhecimento da culpa por parte do presidente Rebelo é um passo importante para Portugal, mas é apenas o começo de um processo mais amplo de reconciliação e justiça. A sociedade portuguesa e a comunidade internacional estarão atentas para ver como o país irá traduzir essas palavras em ações efetivas e duradouras para reparar as injustiças do passado.

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