
Voos de deportação devem começar em 10 a 12 semanas, segundo o primeiro-ministro Rishi Sunak.
Por Schirley Passos|GNEWSUSA
O Parlamento do Reino Unido aprovou uma lei nesta semana (24/4), que permite a deportação de imigrantes ilegais requerentes de asilo para Ruanda, na África, enquanto seus pedidos são analisados pelo sistema migratório britânico. O primeiro-ministro Rishi Sunak anunciou que os voos devem começar dentro de 10 a 12 semanas.
O texto da lei prevê que as autoridades britânicas enviem os imigrantes que entram ilegalmente no Reino Unido com passagem só de ida para Ruanda. Atualmente, milhares de pessoas aguardam análise por parte das autoridades britânicas. A expectativa do Parlamento é que o rei Charles III dê o consentimento real e o projeto seja sancionado, após tramitação entre a Câmara dos Comuns e a Câmara dos Lordes britânica.
O primeiro-ministro Rishi Sunak descreveu o projeto de lei como “legislação histórica” e prometeu que os primeiros voos de deportação de migrantes ilegais para Ruanda, onde seus pedidos de asilo serão processados, decolarão dentro de 10 a 12 semanas.
A ideia foi proposta pela primeira vez em 2022 pelo ex-primeiro-ministro Boris Johnson, que assinou uma parceria com o governo ruandês introduzindo a ideia de que migrantes ilegais com pedidos de asilo “considerados inadmissíveis pelo Reino Unido” fossem para Ruanda. Entretanto, o Supremo Tribunal do Reino Unido bloqueou os voos de deportação, considerando o plano “ilegal” devido à falta de garantias de segurança para as pessoas transferidas para o país.
Em resposta, o Reino Unido assinou um novo tratado com Ruanda, que aumentou a proteção dos migrantes e posteriormente propôs a legislação atual, que declara a nação da África Oriental como “segura” para os requerentes de asilo.
Altos funcionários das Nações Unidas divulgaram uma declaração conjunta nesta terça-feira (24/4), apelando ao Reino Unido para reconsiderar o plano, alertando que terá um “impacto prejudicial” nos direitos humanos e na proteção dos refugiados.
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