O Texas, maior produtor de gado dos Estados Unidos, está enfrentando uma crise de saúde pública com os recentes surtos de gripe aviária que afetaram não apenas aves, mas também gado leiteiro e até mesmo seres humanos. A migração sazonal de aves aquáticas, como patos, tem sido apontada como a causa por autoridades estaduais.
Na terça-feira (2), o comissário estadual de Agricultura, Sid Miller, expressou preocupações com os surtos em curso, revelando que sete rebanhos leiteiros no Texas foram afetados pela doença, juntamente com um caso de uma pessoa que teve contato com vacas. Esses incidentes tornaram o Texas o estado mais afetado pelos primeiros surtos de gripe aviária nos Estados Unidos.
O aumento dos casos também levou a medidas drásticas. A Cal-Maine, uma das principais empresas avícolas do país, abateu 1,6 milhão de galinhas após um teste positivo em uma de suas granjas de ovos no Texas. Essa foi a primeira vez que o estado enfrentou um surto tão significativo em uma instalação avícola comercial.
Segundo Miller, a transmissão do vírus está sendo atribuída às aves aquáticas migratórias, que trazem consigo o vírus durante sua jornada sazonal. O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) confirmou que a cepa do vírus encontrada nos estados subsequentes é muito semelhante àquela identificada nos casos iniciais no Texas e no Kansas, sugerindo uma origem comum.
Foto/reprodução
Embora os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA considerem baixo o risco da gripe aviária para os seres humanos, um caso foi confirmado no Texas. O paciente apresentou apenas inflamação ocular, de acordo com as autoridades de saúde do estado.
Os surtos no Texas podem ter começado há cerca de um mês, quando uma doença misteriosa afetou aproximadamente 40% dos rebanhos leiteiros do estado. Miller suspeita que isso possa ter sido gripe aviária, mas na época as autoridades não tinham conhecimento e não puderam confirmar devido à recuperação dos animais.
Com a expectativa de que as aves migratórias sigam em breve para o norte, as autoridades esperam que o risco de novos surtos diminua. No entanto, permanece a preocupação com a possibilidade de transmissão entre o gado, ressaltando a necessidade contínua de vigilância e medidas preventivas para controlar a propagação da doença no estado do Texas e além.
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