
Parlamentar se afasta temporariamente do cargo em meio a críticas e debates sobre conduta política
Por Gilvania Alves|GNEWSUSA
A cidade de Campinas, localizada no interior de São Paulo, tem sido palco de uma polêmica política que envolve a vereadora Paolla Miguel, do Partido dos Trabalhadores (PT). A vereadora decidiu se afastar temporariamente de suas funções no diretório do partido, uma medida que gerou amplos debates sobre ética e responsabilidade política.
O estopim para essa situação foi o financiamento da festa Bicuda, um evento que ocorreu no dia 14 de abril no centro da cidade e que apresentou cenas de nudez e simulação de atos sexuais em um espaço de acesso público.
Paolla Miguel é acusada de ter facilitado a realização da festa através de uma emenda parlamentar. Essa ação resultou na aprovação, pela Câmara Municipal, da criação de uma comissão para investigar o uso de fundos públicos. Além disso, o deputado estadual Rafa Zimbaldi (Cidadania) solicitou ao Ministério Público de São Paulo (MPSP) uma ação civil para que a cidade fosse reembolsada em R$ 765 mil pelo financiamento do evento.
Os organizadores do evento, por sua vez, emitiram uma nota de esclarecimento nas redes sociais, afirmando que a festa era destinada ao público LGBTQIA+ e que, desde a sua criação em 2018, nunca foram questionados sobre o conteúdo artístico das apresentações. Eles também alegam que a vereadora não teve envolvimento direto na contratação dos artistas, mas apenas disponibilizou a infraestrutura básica para o evento.
Paolla Miguel defendeu-se das acusações, afirmando que está sendo alvo de perseguição política. Ela assegurou que não participou da contratação dos artistas e que desconhecia o conteúdo das apresentações. A vereadora ainda ressaltou que outras edições da festa Bicuda já foram apoiadas pela Secretaria de Cultura da cidade, sugerindo que a polêmica deste ano seria uma tentativa de prejudicar seu mandato.
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