Alexandre de Moraes manda soltar ex-assessor de Bolsonaro com medidas restritivas

Marcelo Câmara é solto com medidas cautelares após três meses de prisão

Por Gilvania Alves|GNEWSUSA 

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou na última quinta-feira (16), a soltura de Marcelo Câmara, ex-assessor de Jair Bolsonaro. Câmara estava preso desde 8 de fevereiro, quando foi alvo da operação Tempus Veritatis.

Segundo informações divulgadas por seu advogado, Luiz Eduardo Kuntz, a decisão de Moraes inclui medidas cautelares para garantir o cumprimento da lei. Entre as medidas estão o uso de tornozeleira eletrônica, a proibição de deixar Brasília e a apresentação semanal à Vara de Execuções Penais. Sua prisão fez parte das investigações sobre os eventos que culminaram nas invasões às sedes dos Três Poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro.

PGR apoia liberdade com restrições

A Procuradoria-Geral da República (PGR) já havia se manifestado favorável à soltura de Câmara. Em documento enviado a Moraes no início de maio, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, argumentou que medidas menos gravosas que a prisão seriam suficientes para garantir a ordem pública e a continuidade das investigações. Entre essas medidas, Gonet destacou o monitoramento eletrônico e a proibição de deixar o país.

 Investigações da CPMI do 8 de Janeiro

Marcelo Câmara também foi investigado pela Comissão Mista Parlamentar de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro. A CPMI apura a organização e o financiamento das invasões ocorridas nas sedes dos Três Poderes. Durante as investigações, Câmara teve seus sigilos fiscal, telefônico e telemático quebrados e foi um dos 61 nomes incluídos nos pedidos de indiciamento feitos pela relatora da comissão, senadora Eliziane Gama (PSD-MA).

Em maio de 2023, ele também foi alvo de outra operação da Polícia Federal, que investigava suspeitas de fraude nos cartões de vacina de Bolsonaro, seus familiares e assessores.

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