Conselheiro do TCE-RJ enviou mensagens para políticos e organizou almoço na véspera de sua prisão, revela relatório da Polícia Federal
Por Ana Raquel |GNEWSUSA
Um dia antes de sua prisão, o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ), Domingos Brazão, tentou contatar diversas autoridades políticas por meio de mensagens. A informação foi revelada em um relatório da Polícia Federal (PF), elaborado a partir de análises dos materiais apreendidos na operação que investiga os mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.
Segundo a PF, Domingos enviou uma mensagem ao prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), que não respondeu. Ele também tentou contatar o presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Rodrigo Bacellar (União Brasil), o vereador Waldir Brazão (União), o ex-deputado Eduardo Cunha e o deputado Thiago Rangel (PMB). As mensagens incluíam notícias jornalísticas sobre o Caso Marielle e Anderson, mas a PF não encontrou evidências de tentativa de obstruir as investigações.
Além das mensagens, Domingos Brazão organizou um almoço na véspera da operação em que foi preso. O evento ocorreu em um restaurante na Avenida Presidente Roosevelt, em Niterói (RJ), e tinha como objetivo discutir questões relacionadas à investigação do Caso Marielle. O relatório da PF menciona ainda que o Delegado Giniton Lages, também investigado por possíveis tentativas de obstrução, foi procurado por um intermediário de Domingos durante esse período.
Essas revelações destacam os esforços de Domingos Brazão para se comunicar com influentes figuras políticas e discutir estratégias pouco antes de sua prisão, aumentando as suspeitas sobre seu envolvimento no caso que abalou o Brasil.
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