Fed alerta sobre riscos bancários enquanto EUA ultrapassam China no comércio com Alemanha

Michelle Bowman alerta para os riscos bancários enquanto os EUA superam a China como parceiro comercial principal da Alemanha.
Michelle Bowman critica foco em mudanças climáticas e destaca importância de riscos financeiros; tensões geopolíticas impulsionam mudança no comércio global
Por Ana Raquel |GNEWSUSA

A diretora do Federal Reserve (Fed), Michelle Bowman, fez um apelo incisivo para que supervisores e instituições financeiras concentrem seus esforços em riscos bancários essenciais, como crédito, taxa de juros e liquidez, em vez de se desviarem para questões tangenciais como mudanças climáticas. Durante seu discurso na convenção anual da Pennsylvania Bankers Association, divulgado na sexta-feira, 17 de maio 2024, Bowman destacou que a recente turbulência bancária nos Estados Unidos sublinha a necessidade de manter o foco nos riscos fundamentais que ameaçam o sistema financeiro.

“Nossas ações recentes sugerem que tomamos medidas que poderiam desviar o foco da administração de bancos de riscos importantes e fundamentais”, afirmou Bowman. “Preocupa-me que concentrar nossos esforços de reforma regulatória em questões como mudanças climáticas só servirá para distrair ainda mais a administração e os supervisores dos bancos.”

Em paralelo a essas discussões internas nos EUA, o cenário global de comércio também apresenta mudanças significativas. Os Estados Unidos ultrapassaram a China como o principal parceiro comercial da Alemanha no primeiro trimestre deste ano, refletindo tensões geopolíticas crescentes. Dados da agência de estatísticas alemã Destatis indicam que o volume de comércio exterior entre Alemanha e China foi de 60,0 bilhões de euros, enquanto o comércio com os EUA atingiu 63,2 bilhões de euros.

A China havia sido a principal parceira comercial da Alemanha tanto no primeiro trimestre do ano passado quanto em todo o ano de 2023. A queda da China no ranking foi impulsionada por um declínio de 12% nas importações e uma leve queda de 1,1% nas exportações para o país, com destaque para uma redução de 6,8% nas exportações de automóveis. Apesar dessa mudança, a China continua a liderar em termos de importações para a Alemanha, representando cerca de 11% do total de 331,2 bilhões de euros em bens importados. Um quarto de todos os carros elétricos importados pela Alemanha vieram da China.

Essa mudança ocorre após o anúncio do governo Biden de uma tarifa de 100% sobre os carros elétricos fabricados na China e importados para os EUA, ilustrando como as tensões geopolíticas estão remodelando o comércio global.

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