
Reconhecimento do estado palestino pelos países europeus provoca reação diplomática
Por Gilvania Alves|GNEWSUSA
Israel decidiu retirar seus embaixadores da Irlanda e da Noruega para “consultas” em resposta ao anúncio de ambos os países de reconhecerem o Estado da Palestina a partir de 28 de maio de 2024. A medida, anunciada pelo ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, nesta quarta-feira (22), surge em um momento de tensões elevadas na região.
Segundo Katz, a decisão de Dublin e Oslo representa uma “injustiça” com a memória das vítimas dos ataques do Hamas em outubro de 2023. “É um golpe para as tentativas israelenses de resgatar os reféns mantidos pelo grupo extremista,” declarou o ministro.
Além da Irlanda e Noruega, a Espanha também se juntou ao reconhecimento do Estado Palestino na mesma data. Katz alertou sobre as consequências dessas ações, afirmando: “Israel não permanecerá em silêncio – haverá consequências ainda mais graves. Se a Espanha levar a cabo a sua intenção de reconhecer um Estado Palestino, um passo semelhante será tomado contra ela.”
O presidente da Espanha, Pedro Sánchez, fez o anúncio logo após a declaração de Katz, dizendo que “chegou o momento de transformar palavras em ação”. Na Noruega, o primeiro-ministro Jonas Gahr Støre afirmou que “não pode haver paz no Oriente Médio se não houver reconhecimento”. Simon Harris, primeiro-ministro da Irlanda, reforçou que a medida “envia a mensagem de que existe uma alternativa viável ao niilismo do Hamas”.
Katz foi enfático sobre a determinação de Israel em suas ações futuras: “A loucura irlandesa-norueguesa não nos detém; estamos determinados a alcançar os nossos objetivos: restaurar a segurança dos nossos cidadãos, desmantelar o Hamas e trazer os reféns para casa. Não existem causas mais justas do que estas.”
Por outro lado, Bassem Naim, um alto oficial do Hamas, celebrou o reconhecimento do Estado Palestino por países europeus, classificando-o como um “marco” político.
Essa série de eventos sublinha a complexidade e a volatividade das relações internacionais no contexto do conflito israelo-palestino, com implicações significativas para a diplomacia global.
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