Relatos de abuso e assassinato de palestinos detidos durante o conflito levantam sérias acusações contra as forças de defesa israelenses.
Por Camila Fernandes | GNEWSUSA
Israel está conduzindo uma investigação sobre as mortes de palestinos capturados durante a guerra de Gaza, bem como sobre as condições de um campo de detenção administrado por militares, onde um grupo de direitos humanos denunciou abuso de detentos. A informação foi divulgada pelo procurador-chefe das Forças Armadas nesta segunda-feira.
Citando relatos de ex-detentos e de um médico da base de Sde Teiman, o grupo Physicians for Human Rights (PHR) afirmou no mês passado que os detentos sofreram violência severa, resultando em fraturas, hemorragia interna e até mesmo a morte.
Palestinos também acusaram soldados israelenses de execuções ilegais durante o conflito, que durou quase oito meses. “Até o momento, foram abertos 70 inquéritos policiais militares sobre incidentes que levantaram suspeitas de crimes”, disse o major-general Yifat Tomer Yerushalmi, advogado-geral militar, durante uma conferência organizada pela associação de advogados de Israel.
“Essas investigações também abordam as alegações levantadas sobre as condições de encarceramento no centro de detenção Sde Teiman e as mortes de detentos sob custódia das IDF (Forças de Defesa de Israel). Estamos tratando essas alegações com muita seriedade e estamos tomando medidas para investigá-las.”
O grupo PHR detalhou em seu relatório que os detentos sofreram abusos que incluíam espancamentos severos, resultando em lesões graves e condições médicas não tratadas adequadamente. “Os relatos que recebemos indicam um padrão preocupante de abuso físico e psicológico dos detentos”, afirmou o grupo.
As investigações seguem em um contexto de tensões contínuas e acusações mútuas entre israelenses e palestinos. A seriedade com que as autoridades militares estão abordando essas alegações será crucial para determinar a responsabilidade e as possíveis consequências para os envolvidos.
As Nações Unidas e diversas organizações de direitos humanos internacionais têm acompanhado de perto a situação, pressionando por transparência e justiça nas investigações. A comunidade internacional aguarda o desenrolar dessas investigações, esperando que elas possam contribuir para a responsabilização e a prevenção de futuros abusos.
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