Três integrantes da Defesa Civil e pré-candidatos são alvos do Gaeco por apropriação indevida e Peculat.
Por Schirley Passos|GNEWSUSA
O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) está investigando um esquema de desvio de doações destinadas às vítimas das enchentes em Eldorado do Sul, na região metropolitana de Porto Alegre. A operação é conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MPRS e envolve três integrantes da Defesa Civil do município.
Os alvos da ação são investigados por crimes de apropriação indébita, peculato e associação criminosa durante o estado de calamidade pública. No último sábado (25/5), foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão. Segundo o MPRS, a operação foi desencadeada após denúncias de que os donativos estavam sendo desviados para beneficiar futuros eleitores dos investigados. Dois dos envolvidos seriam pré-candidatos nas próximas eleições municipais.
A prefeitura de Eldorado do Sul informou, em nota, que os três agentes mencionados na investigação foram temporariamente afastados de suas funções para garantir a transparência do processo investigativo. Ainda no sábado, o MPRS se reuniu com a prefeitura e representantes do Exército Brasileiro para que a distribuição das doações seja assumida com urgência pelos militares, garantindo que os moradores não fiquem desatendidos durante a investigação.
O MPRS também exigiu da prefeitura a apresentação de um plano de trabalho para a utilização dos recursos públicos destinados à reconstrução da cidade e ao atendimento da população afetada. Eldorado do Sul, assim como outras cidades da região metropolitana, enfrentou a maior enchente de sua história, com toda a área urbana atingida pelas águas do rio Jacuí. Cerca de 32 mil pessoas foram afetadas, de um total de 40 mil habitantes.
Paralelamente, o MPRS deflagrou uma operação no município vizinho de Barra do Ribeiro, investigando três suspeitos de desvios de doações enviadas pela Defesa Civil estadual. De acordo com o Gaeco, os suprimentos destinados às vítimas da enchente foram indevidamente entregues a uma entidade ligada a um pré-candidato nas próximas eleições municipais. Na quinta-feira (23/5), três suspeitos foram alvo de mandados de busca e apreensão.
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