El Niño e La Niña contribuem para aumento significativo de tempestades entre junho e novembro, alerta especialista.
Por Ana Raquel |GNEWSUSA
A Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) anunciou previsões preocupantes para a temporada de furacões no Atlântico deste ano, que deve ser excepcionalmente ativa. Segundo Michael Brennan, diretor do Centro Nacional de Furacões, há uma chance de 85% de atividade acima do normal, prevendo entre 17 e 25 tempestades de categoria 3 ou superior. Destas, espera-se que 8 a 13 se transformem em furacões, com 4 a 7 alcançando o status de grande furacão.
Brennan enfatizou a influência significativa dos fenômenos El Niño e La Niña na atividade de tempestades. “As vulnerabilidades estão em todos os lugares. É impossível definir exatamente quais comunidades são mais vulneráveis à medida que avançamos em uma determinada estação”, disse ele. Este ano, a presença do La Niña deverá aumentar a atividade de tempestades devido a condições atmosféricas mais favoráveis, ao contrário do ano anterior.
As temperaturas quase recordes do oceano também foram destacadas como um fator crítico que alimenta as tempestades tropicais e furacões. Brennan explicou: “A água quente do oceano é o combustível e a fonte de energia para tempestades tropicais e furacões à medida que eles se desenvolvem. Então, todas as coisas sendo iguais, águas mais quentes tenderiam a levar a mais tempestades ou tempestades potencialmente mais fortes”.
A NOAA destacou a importância da preparação em todas as comunidades vulneráveis, especialmente na Flórida, devido à imprevisibilidade dos percursos das tempestades e ao potencial para impactos generalizados de junho a novembro. Brennan refletiu sobre os desafios de longo prazo relacionados ao aumento da população e da vulnerabilidade nas zonas costeiras, sublinhando a importância dos avanços na previsão e na comunicação para mitigar os riscos.
“É uma espécie de corrida entre os avanços em termos de ciências físicas, ciências sociais e nossa capacidade de comunicar informações”, concluiu Brennan. A mensagem da NOAA é clara: a preparação e a vigilância são cruciais para enfrentar uma temporada que promete ser intensa e cheia de desafios.
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