
Ação Prende Lideranças de Quadrilha que Usava Beneficiários Fictícios e Falecidos para Desvio de Recursos
Por Ana Raquel |GNEWSUSA
Brasília, 23 de maio de 2024 – A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira a 2ª fase da Operação Metamorfose, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa especializada em fraudes contra o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A ação contou com a participação de cerca de 50 policiais federais, que cumpriram oito mandados de prisão preventiva, um mandado de prisão temporária e nove mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro, Nilópolis e Mesquita, todas no estado do Rio de Janeiro.
A investigação, que teve início no começo do ano passado, levou à deflagração da primeira fase da operação, na qual 19 pessoas foram presas e 18 mandados de busca e apreensão foram cumpridos. Segundo a Polícia Federal, os integrantes do grupo criminoso realizavam representações legais de beneficiários fictícios, conhecidos como “fantasmas”.
A quadrilha causou um prejuízo estimado em R$ 8 milhões à Previdência Social, e os valores poderiam ter alcançado até R$ 12,3 milhões caso as fraudes não fossem interrompidas. O esquema operava por meio de requerimentos de benefícios previdenciários em nome de pessoas fictícias ou pela reativação de benefícios pertencentes a indivíduos falecidos, cujas contas possuíam altos valores represados.
Entre os benefícios fraudados estavam pensões por morte e o Benefício de Prestação Continuada ao Idoso (BPC-LOAS). Os criminosos obtinham sucesso devido à atuação de procuradores que se habilitavam como representantes legais dos titulares fantasmas ou falecidos. Após a concessão dos benefícios, esses procuradores abriam contas em agências bancárias, realizavam saques dos valores e retiravam os cartões magnéticos para saques futuros.
A investigação revelou que, além de se apresentarem como procuradores de pessoas fictícias, alguns membros da quadrilha também forjaram suas próprias identidades para enganar o INSS. Os criminosos enfrentarão acusações de organização criminosa, estelionato previdenciário, peculato eletrônico, falsidade ideológica, falsificação e uso de documentos falsos. Se condenados, as penas somadas podem chegar a 36 anos e 8 meses de reclusão.
A operação contou com o apoio do Núcleo Estadual de Inteligência do Ministério da Previdência Social, que colaborou com a identificação e monitoramento das fraudes. A Polícia Federal continua as investigações para identificar outros possíveis envolvidos e recuperar os valores desviados.
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