Rio Grande do Sul em Alerta: tempestades severas e cheias de rios exigem Atenção Máxima

Cheia na esquina das ruas Vigário José Inácio e Voluntários da Pátria. Foto: Giulian Serafim/PMPA.
Novo alerta do Inmet prolonga a crise para desabrigados e aumenta a preocupação com enchentes no estado.
Por Schirley Passos|GNEWSUSA

Alertas emitidos pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), com vigência até sexta-feira (24/5), colocam o Rio Grande do Sul em atenção máxima mais uma vez. Há novos riscos de tempestades severas e chuvas intensas em algumas regiões do estado desde a ultima quarta-feira (22/5).

Com isso, as perspectivas de retorno definitivo para as pessoas desabrigadas ficam mais distantes. Desde o início da semana, o nível do Guaíba em Porto Alegre estava descendo, atingindo 3,82 metros à meia-noite de quinta-feira (23), o menor nível desde 2 de maio, quando o estado começou a sofrer com as enchentes.

No entanto, nesta madrugada, o nível da água voltou a subir para 3,9 metros, quase um metro acima da cota de inundação, com risco de mais elevação devido às novas chuvas. Alguns moradores que haviam retornado para retirar pertences tiveram que voltar aos abrigos.

Em Pelotas, no sul do estado, houve queda de granizo na noite de quarta-feira (22) e precipitação contínua desde então. As rajadas de vento na cidade chegaram a 70 km/h. Na manhã desta quinta-feira, o nível da Lagoa dos Patos se mantinha em 2,3 metros, acima da cota de inundação de um metro, com risco de subida devido às chuvas previstas para as próximas horas. O Inmet alerta para a alta possibilidade de enchentes em todo o centro-sul do Rio Grande do Sul.

Ainda não é hora de voltar para casa

Lixo demarca recuo do rio Guaíba em Porto Alegre, porém nessa semana(23/5) voltou a chover novamente. Foto: Pietro Oliveira.

Os serviços municipais de atendimento aos desalojados orientam que as pessoas que vivem em áreas alagadas e que estão abrigadas não retornem para suas casas neste momento. De acordo com o boletim da Defesa Civil do estado, divulgado na manhã desta quinta-feira, são 163 mortes em decorrência das enchentes, 72 pessoas seguem desaparecidas e 65.762 pessoas estão em abrigos. Em todo o estado, há 581.643 desalojados e mais de 2,3 milhões de gaúchos afetados.

O Inmet destaca “grande perigo” para o estado, principalmente nas regiões central, sudeste, sudoeste e metropolitana de Porto Alegre, que foram duramente castigadas pela enchente histórica entre o fim de abril e início de maio.

Até o momento, não há nenhuma recomendação ativa para evacuação de regiões. A Defesa Civil estadual disponibiliza um serviço de alerta meteorológico que funciona por localidade no RS. Para isso, é necessário enviar o CEP da localidade por SMS para o número 40199. Uma confirmação é enviada, tornando o número disponível para receber informações sempre que forem divulgadas.

Um canal via aplicativo WhatsApp também oferece o serviço de alerta no RS. Para acessar o serviço, é necessário se registrar pelo telefone (61) 2034-4611. Após a primeira interação, o usuário pode compartilhar sua localização atual ou qualquer outra de interesse.

Temperaturas podem ficar negativas

Segundo o Inmet, áreas de instabilidade ganham força nesta quinta-feira (23) e sexta-feira (24) devido à passagem de uma frente fria associada a uma forte massa de ar frio de origem polar. Entre hoje e amanhã, também deve se formar um ciclone extratropical no oceano, próximo à costa gaúcha.

O maior volume de precipitação deve ocorrer durante o deslocamento da frente fria do sul do Rio Grande do Sul para o norte do estado. “Novos transtornos são possíveis em função da forte instabilidade prevista”, completou o instituto meteorológico.

Após a chuva, a previsão é de muito frio. As temperaturas podem chegar a níveis negativos na região serrana e próximos a zero em alguns pontos dos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.

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Nota da Deputada Carla Zambelli

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