Desafios do comércio Global: O apelo dos EUA por barreiras fortes contra importações chinesas

Desafios do Comércio Internacional: A Busca por Equidade entre EUA e China
Renovação da seção 421 e estratégias para proteger indústrias americanas diante do excesso de capacidade da China.
Por Ana Raquel |GNEWSUSA

Um grupo influente liderado pelo sindicato United Steelworkers está intensificando seus apelos para que os Estados Unidos fortaleçam suas barreiras comerciais contra as importações da China, em meio a preocupações crescentes sobre o impacto econômico e o futuro das indústrias americanas.

A Alliance for American Manufacturing (AAM) publicou um relatório recente destacando o problema do excesso de capacidade industrial da China, que continua a desafiar as normas de comércio global estabelecidas. Esse excesso de capacidade tem resultado em exportações baratas e subsidiadas, prejudicando severamente os fabricantes nacionais nos EUA e ameaçando empregos em diversos setores-chave, incluindo aço, vidro, pneus, semicondutores, veículos elétricos e energia solar.

Historicamente, a resposta dos EUA a esses desafios foi a implementação da Seção 421, uma ferramenta de proteção comercial criada quando a China aderiu à Organização Mundial do Comércio (OMC) em 2001. A Seção 421 permitia a imposição de tarifas temporárias sobre produtos chineses para mitigar distorções de mercado causadas por importações em massa e de baixo custo.

No entanto, apesar de ter sido invocada com sucesso em 2009 pelo presidente Barack Obama para proteger os fabricantes de pneus americanos, essa medida expirou em 2013, deixando um vácuo nas defesas comerciais dos EUA contra práticas desleais da China. Agora, com um novo cenário de aumento nas importações em setores emergentes como veículos elétricos e energia solar, bem como nos setores tradicionais já afetados anteriormente, há um clamor renovado pela revitalização e modernização da Seção 421.

A AAM argumenta que Pequim continua a violar os compromissos assumidos na OMC, mantendo práticas econômicas que distorcem o mercado global em favor de suas próprias indústrias, apoiadas por subsídios estatais maciços e estratégias de excesso de capacidade. Essas práticas não apenas prejudicam a competitividade dos fabricantes americanos, mas também representam uma ameaça à segurança econômica dos EUA.

Para enfrentar esses desafios, os defensores da indústria nos EUA estão pedindo ao governo Biden que adote uma abordagem mais agressiva e estratégica, não apenas revivendo a Seção 421, mas também fortalecendo outras medidas de proteção comercial e promovendo uma política industrial nacional que garanta condições de concorrência justas e equitativas para as empresas americanas.

Essas iniciativas não são apenas cruciais para proteger empregos e preservar a base industrial dos EUA, mas também para promover um comércio internacional mais justo e sustentável, que beneficie todos os países que aderem às normas e princípios estabelecidos pela comunidade global de comércio.

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