Seita religiosa é desarticulada no Amazonas por distribuição ilegal de ketamina

Cleusimar Cardoso, Ademar Cardoso e Djidja Cardoso. Foto: Reprodução.
Operação policial resulta na prisão de quatro membros, incluindo familiares de ex-integrante falecida conhecida como Djidja Cardoso.
Por Schirley Passos|GNEWSUSA

A Polícia Civil do Amazonas prendeu nesta quinta-feira (30/5) quatro pessoas suspeitas de integrarem uma seita religiosa responsável por distribuir e incentivar o uso ilegal da ketamina, droga sintética veterinária utilizada como anestésico em animais de grande porte.

Entre os presos estão Cleusimar Cardoso Rodrigues, 53 anos, e Ademar Farias Cardoso Neto, 29 anos, respectivamente mãe e irmão de Dilemar Cardoso, conhecida como Djidja Cardoso, que foi encontrada morta em casa na última terça-feira (28/5). Djidja atuou entre 2016 e 2020 como a personagem sinhazinha do Boi Garantido no Festival Folclórico de Parintins.

Verônica da Costa Seixas, 30 anos, e Claudiele Santos da Silva, 33 anos, funcionárias da rede de salões de beleza Belle Femme, propriedade da família, também foram presas. A Justiça decretou a prisão de Marlisson Vasconcelos Dantas, que está foragido.

A polícia suspeita que a morte de Djidja tenha sido causada por uma overdose de ketamina, mas ainda não há confirmação se há relação direta com a seita religiosa. A investigação, que durou cerca de 40 dias, também apura casos de estupro e cárcere privado associados à seita chamada Pai, Mãe e Vida, liderada pela família.

Dilemar Cardoso, conhecida como Djidja Cardoso, que foi encontrada morta em casa na última terça-feira (28/5). Foto: Montagem/Reprodução.

Segundo o delegado Cícero Túlio, titular do 1º Distrito Integrado de Polícia, a ketamina era usada pela seita para induzir um transe e “transcender a outra dimensão”. Os líderes persuadiam os seguidores a acreditar que, ao usarem a droga compulsivamente, poderiam alcançar um plano superior.

Durante a operação, foram apreendidas centenas de seringas, produtos para acesso venoso, agulhas e ketamina, além de celulares, documentos e computadores. Também foi alvo de buscas uma clínica veterinária suspeita de fornecer a ketamina de forma ilegal.

Os presos são suspeitos de tráfico de drogas, associação para o tráfico, falsificação, adulteração de produtos destinados a fins terapêuticos e medicinais, aborto induzido sem o consentimento da gestante, estupro de vulnerável, charlatanismo, curandeirismo, sequestro, cárcere privado e constrangimento ilegal.

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