Protestos em Tel Aviv e Crescente Pressão Internacional Aumentam Urgência por Acordo de Paz
Por Ana Raquel |GNEWSUSA
Washington, 15 de junho – O conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Jake Sullivan, revelou hoje que mediadores do Catar e do Egito estão intensificando esforços para envolver o Hamas em um acordo de cessar-fogo em Gaza. A declaração foi feita durante a cúpula de paz para a Ucrânia, realizada na Suíça, e reflete uma nova iniciativa divulgada pelo presidente Joe Biden.
Sullivan mencionou breves discussões com o primeiro-ministro do Catar, Mohammed bin Abdulrahman Al Thani, e planeja continuar o diálogo sobre Gaza neste domingo. Ele enfatizou a necessidade de um acordo que inclua a libertação de reféns pelo Hamas e um cessar-fogo israelense que dure pelo menos seis semanas.
O Hamas respondeu favoravelmente à proposta de cessar-fogo, porém com diversas ressalvas. A principal exigência do grupo é o fim completo da guerra, algo que Israel ainda não aceitou. Sullivan destacou que algumas condições do Hamas são gerenciáveis, enquanto outras estão em desacordo com as diretrizes estabelecidas pelo presidente Biden e pelo Conselho de Segurança da ONU.
Nos EUA, acredita-se que ainda há uma via para um acordo. A próxima etapa envolve negociações aprofundadas por parte dos mediadores do Catar e do Egito com o Hamas, para definir o que pode ser viabilizado.
No mesmo dia, em Tel Aviv, milhares de israelenses protestaram ao lado das famílias de reféns mantidos pelo Hamas em Gaza, clamando por um cessar-fogo imediato que assegure a libertação dos prisioneiros. Essas manifestações têm ocorrido semanalmente, destacando as divisões dentro da sociedade israelense desde o início da guerra.
Durante o protesto, foi prestada homenagem a oito soldados israelenses mortos no sul de Gaza, enquanto as forças israelenses continuavam a ofensiva em Rafah. Os ataques mais recentes elevaram o número total de soldados mortos para mais de 300 e resultaram na morte de pelo menos 19 palestinos, aumentando o total de vítimas palestinas para 37.296 desde o início do conflito.
A situação política do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu está cada vez mais complicada, especialmente após a saída do ex-general Benny Gantz do governo, que criticou a falta de uma estratégia clara para Gaza.
Com a pressão internacional por um cessar-fogo crescente, um acordo ainda parece distante, especialmente com os confrontos diários na fronteira com combatentes do Hezbollah no sul do Líbano.
O envolvimento de mediadores internacionais é visto como crucial para qualquer avanço. O trabalho diplomático do Catar e do Egito será fundamental para negociar os termos que possam ser aceitos por ambas as partes. A comunidade internacional observa atentamente, esperando que as negociações levem a um cessar-fogo duradouro e à estabilização da região.
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