Tensões na Bolívia: OEA condena movimento militar e líderes globais manifestam preocupação

Secretário-geral Luis Almagro e ex-presidentes se posicionam contra tentativa de golpe no país sul-americano.

Por Gilvania Alves|GNEWSUSA 

O secretário-geral da OEA, Luis Almagro, condenou veementemente a movimentação do Exército na Bolívia, afirmando que as Forças Armadas devem estar subordinadas ao controle civil legitimamente eleito. Ele expressou preocupação diante da situação de instabilidade, enquanto os três chefes das Forças Armadas manifestaram consternação, insinuando mudanças iminentes no governo.

O presidente de Honduras, atualmente na presidência da Celac, também se pronunciou sobre a crise, denunciando o que descreveu como um golpe de Estado e solicitando uma reunião de emergência dos Estados membros, incluindo o Brasil. A OEA, por sua vez, condenou as ações dos militares, enfatizando a importância do respeito à democracia.

Jeanine Añez, ex-presidente da Bolívia e opositora de Arce, também condenou veementemente a mobilização dos militares na praça Murillo, onde está localizado o palácio presidencial, declarando um repúdio total à tentativa de desestabilização da ordem constitucional.

Em meio à turbulência política recente na Bolívia, o presidente Luis Arce utilizou suas redes sociais para reforçar a importância do respeito à democracia. O governo brasileiro, através do Itamaraty, afirmou estar monitorando de perto os acontecimentos na Bolívia.

Nos últimos cinco anos, a Bolívia tem enfrentado diversas crises políticas. Em 2019, o terceiro mandato de Evo Morales foi interrompido por um golpe de estado após intensos protestos populares, levando Morales a renunciar e deixar o país. Jeanine Áñez assumiu como presidente interina, mas seu governo enfrentou controvérsias e confrontos políticos. Em 2021, líderes do golpe de 2019 foram presos, incluindo o ex-comandante do Exército Jorge Pastor Mendieta Ferrufino.

Em um contexto de divisões políticas profundas, Evo Morales e Luis Arce, antes aliados, agora são adversários, especialmente devido às eleições presidenciais de 2025, nas quais Morales concorrerá como candidato do MAS, partido que ambos lideraram.

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