
Autoridades locais não divulgaram números exatos de desaparecidos, mas estimativas apontam entre 50 e 64 pessoas; afegãos, iranianos e curdos iraquianos estavam entre os passageiros. Mais de 23.500 imigrantes já morreram ou desapareceram na região desde 2014.
Por Schirley Passos|GNEWSUSA
Nesta segunda-feira (17/6), onze imigrantes morreram e dezenas foram dados como desaparecidos após dois naufrágios ocorridos na costa sul da Itália. A tragédia foi confirmada por uma instituição de caridade alemã e pela guarda costeira italiana.
O grupo de ajuda alemão RESQSHIP, que opera o navio de resgate Nadir, relatou ter resgatado 51 pessoas de um barco de madeira em processo de afundamento, incluindo duas inconscientes, e encontrado 10 corpos presos na parte inferior da embarcação. “Nossos pensamentos estão com suas famílias. Estamos com raiva e tristes”, escreveu a instituição no X (antigo Twitter).
Embora o RESQSHIP não tenha fornecido detalhes sobre a localização exata ou o horário da operação de resgate, o serviço de rastreamento marinetraffic.com indicou que o Nadir estava ao largo do porto de Sfax, no leste da Tunísia, nesta segunda-feira (17).
Paralelamente, a guarda costeira italiana informou que está em busca de um número não especificado de imigrantes desaparecidos após o naufrágio de um barco a vela a cerca de 220 quilômetros a leste da região da Calábria. O barco parcialmente afundado, presumidamente partindo de um porto turco, foi avistado inicialmente por um barco francês em águas internacionais, onde as zonas de busca e resgate da Itália e da Grécia se sobrepõem.
O barco francês resgatou 12 sobreviventes, que foram transferidos para um navio de carga e posteriormente para uma patrulha da guarda costeira italiana. Infelizmente, um dos resgatados faleceu logo após o grupo ser levado para terra firme na Calábria.
O numero exato não foi divulgado pelas autoridades locais, o numero pode ser ainda maior de desaparecidos, uma emissoras de televisão informou que “pelo menos 50” imigrantes estão desaparecidos, enquanto o veterano jornalista de imigração Sergio Scandura afirmou no X que pelo menos 64 pessoas estavam desaparecidas. Ele mencionou que afegãos, iranianos e curdos iraquianos estavam entre os passageiros da embarcação.
Desde 2014, mais de 23.500 imigrantes morreram ou desapareceram no Mediterrâneo, segundo dados da Organização Internacional para as Migrações das Nações Unidas, tornando esta uma das rotas de imigração mais perigosas do mundo. Este mês, 11 corpos foram recuperados do mar na costa da Líbia, ressaltando a continuidade das tragédias nesta região.
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