Influenciador Nego Di é preso por estelionato e transferido para Penitenciária em Canoas

Nego Di transferido para a Penitenciária de Canoas após prisão por estelionato. A situação segue sob investigação.

Esquema aplicado pelo comediante gerou prejuízo de R$ 5 milhões a 370 vítimas.

Por Ana Raquel |GNEWSUSA

Na noite deste domingo, 14 de julho, o influenciador e comediante Dilson Alves da Silva Neto, conhecido como Nego Di, foi transferido para a Penitenciária Estadual de Canoas, na região metropolitana de Porto Alegre. Nego Di havia sido preso preventivamente na manhã do mesmo dia em Santa Catarina e foi levado sob custódia para o Rio Grande do Sul, onde corre o processo no qual ele é acusado de estelionato. Nego Di estava inicialmente no Palácio da Polícia em Porto Alegre.

O trajeto entre a sede da Polícia Civil gaúcha até a Penitenciária Estadual de Canoas tem aproximadamente 26 quilômetros e dura cerca de 30 minutos. Anderson Boneti, também suspeito de estelionato e acusado de ser sócio de Nego Di no esquema, está atualmente foragido. De acordo com a polícia, o golpe aplicado pelos dois causou um prejuízo de mais de R$ 5 milhões a 370 vítimas.

As investigações revelaram que Nego Di vendia produtos como televisores, aparelhos de ar-condicionado e celulares a preços abaixo do mercado, mas não entregava os itens. Em suas redes sociais, Nego Di afirmava que havia sido contratado por Boneti apenas para divulgar os produtos.

Uma das vítimas, que teve um prejuízo de R$ 30 mil ao comprar dois celulares e alguns aparelhos de ar-condicionado, detalhou o modus operandi do golpe. Em 2022, Nego Di inicialmente vendeu celulares a preços baixos e realizou as entregas para ganhar confiança. Posteriormente, ele anunciou a criação de uma loja virtual com produtos a preços acessíveis. O prazo de entrega dos produtos era de 50 dias, o que, segundo a polícia, foi planejado para atrair mais vítimas enquanto promovia novas ofertas.

A partir das denúncias das vítimas, a polícia realizou a quebra do sigilo bancário de Nego Di, revelando que ele havia recebido mais de R$ 300 mil em um curto período, confirmando as acusações de estelionato.

O advogado de Nego Di afirmou que pretende entrar com um pedido de habeas corpus, alegando que seu cliente deve responder ao processo em liberdade, pois possui endereço fixo, é réu primário e está colaborando com as investigações.

Segundo o advogado, embora o Ministério Público do Rio Grande do Sul tenha oferecido a denúncia, Nego Di ainda não foi formalmente citado e, portanto, não é réu no cas o. A defesa de Anderson Boneti não foi localizado para comentar as acusações ate a publicação desta reportagem.

Leia também:

Polícia Rodoviária apreende 1,5 tonelada de maconha em ônibus de viagem em Presidente Prudente

Líder da MS-13 em Nova York se declara culpado por assassinatos brutais de estudantes

Homem é preso em flagrante ao retirar fuzil anti-drones importado ilegalmente pelos Correios

Seja o primeiro a comentar

Faça um comentário

Seu e-mail não será publicado.


*