Mãe é agredida pelo filho de 12 anos em Minas Gerais por causa de jogo do tigrinho

Foto: Pedro Ladeira.
 Incidente revela impacto preocupante dos jogos de apostas entre os jovens e levanta debate sobre proteção e educação financeira.
Por Schirley Passos|GNEWSUSA

Uma mulher de 34 anos acionou a Polícia Militar de Minas Gerais após alegar ter sido agredida pelo próprio filho de 12 anos em Patos de Minas, na ultima segunda-feira (15). O incidente ocorreu depois que ela confrontou o filho sobre compras realizadas em um jogo de apostas online, descobrindo que ele havia gastado R$ 2.000 no seu cartão de crédito sem autorização.

Segundo o relato da mãe à polícia, o menino, ao ser questionado sobre o gasto, ficou extremamente nervoso e a agrediu com um soco na boca. O golpe deixou hematomas visíveis e causou sangramento, conforme registrado no boletim de ocorrência. A Polícia Civil está investigando o caso como lesão corporal e mantém as informações sob sigilo de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

Atualmente, o adolescente está sob os cuidados do pai, que não reside com a mãe. Ambos os responsáveis foram orientados pelas autoridades a buscar tratamento psicológico para o filho, diante da gravidade do incidente e das questões relacionadas ao comportamento do jovem.

Este episódio destaca a preocupação crescente com o impacto dos jogos de apostas online entre os jovens. Pesquisas recentes, revelam que uma parcela significativa dos usuários dessas plataformas no Brasil tem entre 16 e 24 anos. Especialistas alertam para os riscos associados à exposição precoce a jogos de azar, enfatizando a importância de uma educação financeira adequada desde cedo e o monitoramento rigoroso das atividades online dos jovens por parte dos pais e responsáveis.

A questão também levanta debates sobre a regulação das propagandas e promoções de jogos de apostas direcionadas ao público mais jovem, além da necessidade de apoio psicológico e orientação nas escolas para conscientização sobre esses temas.

Esforços como os de instituições como Jogadores Anônimos do Brasil e serviços de saúde especializados são fundamentais para oferecer suporte às pessoas afetadas por problemas relacionados ao jogo compulsivo.

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