Em uma fala de 1 hora e 32 minutos, Trump destaca a proteção divina, exalta a lealdade dos apoiadores e reafirma suas propostas políticas, enquanto critica adversários e celebra arquivamento de ação judicial.
Por Gilvania Alves|GNEWSUSA
Após o atentado sofrido no último sábado (13), Donald Trump fez seu primeiro discurso público em que buscou restaurar a coesão nacional e reforçar seu papel como defensor da democracia. Em um evento de grande importância, durante a conclusão da convenção republicana na quinta-feira (18), Trump aceitou oficialmente a nomeação do partido e renovou suas críticas aos democratas, além de reiterar suas alegações de fraude eleitoral.
Trump iniciou sua fala de 1 hora e 32 minutos com referências religiosas, agradecendo a Deus por sua proteção durante o ataque. “Havia muito sangue e, de certa forma, eu me senti muito seguro, porque soube que Deus estava do meu lado”, disse Trump, relatando os momentos de tensão. Ele também destacou a lealdade de seus apoiadores: “Meus apoiadores sabiam que eu estava em perigo e eles não saíram correndo. Não era para eu estar aqui esta noite. Eu só estou aqui pela graça de Deus.”
Contrastando com o tom informal do seu candidato a vice, J.D. Vance, Trump adotou um discurso mais grave e seguiu o roteiro inicialmente, evocando um clima de seriedade. Ao entrar no palco, foi recebido com entusiasmo pelo público, que gritava seu nome.
Trump comemorou o arquivamento da ação contra ele no caso dos documentos sigilosos, elogiando a juíza Aileen Cannon, indicada por ele. “Se os democratas querem unificar o país, eles devem desistir dessa caça às bruxas pela qual passo há oito anos.”
O republicano apresentou suas propostas, incluindo a retomada da exploração de petróleo, cortes de impostos, aumento de investimentos na economia, fechamento da fronteira e construção do muro. Ele prometeu acabar com “a invasão de imigrantes”.
Trump mostrou-se firme em suas posições conhecidas. Ele criticou seu adversário, Joe Biden, dizendo que “se você juntar os dez piores presidentes da história, eles não seriam piores que Biden.” Citando estatísticas de criminalidade, Trump alegou que a violência na Venezuela e em El Salvador diminuiu porque os criminosos estavam sendo enviados aos EUA.
Em certo momento, ele afirmou que, ao contrário dos governos anteriores, a Rússia não invadiu nenhum país durante sua gestão. Ao final do discurso, Trump disse “nós vamos tornar a América grande de novo” junto do público e foi acompanhado no palco por sua esposa, Melania, sua família e J.D. Vance.
David Jones, delegado do Maine, comentou: “O discurso foi tudo o que eu esperava. Participei da comissão que elaborou a plataforma, era o que queríamos ouvir. Se você não entendeu, você precisa fazer aulas de inglês.” .
J. Paul Knight, delegado do Texas, afirmou que Trump conseguiu atingir um público mais amplo com o discurso, sem abrir mão dos pontos fundamentais para republicanos e conservadores. “Ele disse algumas coisas negativas sobre Biden, que precisam ser ditas, mas acima de tudo ele enfatizou uma mensagem positiva. Às vezes ele é descrito como super agressivo, mas ele falou mais com o coração, sobre a vida como algo precioso de Deus.”
O discurso de Trump concluiu a convenção nacional republicana, marcada por um tom religioso e pelo domínio quase completo do ex-presidente sobre o partido. Diversos palestrantes, incluindo Dana White e Tucker Carlson, destacaram o atentado de sábado como um milagre divino, reforçando a imagem de Trump como um líder forte e protetor da nação.
Leia mais
Revelações impactantes: Pai do atirador de Trump desabafa em depoimento policial
Serviço secreto reconhece erro em segurança de Trump e promete revisão de protocolos
Bombeiro de 50 anos é a segunda vítima fatal de atentado em comício de Trump
Faça um comentário