Tempestade deixa ao menos 22 mortos e provoca inundações severas; Filipinas enfrentam estado de calamidade e Taiwan suspende atividades em meio aos danos.
Por Schirley Passos|GNEWSUSA
O tufão Gaemi causou a morte de pelo menos 20 pessoas nas Filipinas e duas em Taiwan, e avançava, enfraquecido, em direção ao leste da China nesta quinta-feira (25).
Nas Filipinas, o tufão provocou grande destruição em Manila e nas províncias vizinhas, como Quezon. As vítimas faleceram devido a eletrocussão, afogamento, deslizamentos de terra e quedas de árvores, conforme informou a polícia. Socorristas enfrentaram estradas alagadas em Manila para resgatar moradores presos em suas casas, com água atingindo até a altura do pescoço em algumas áreas. As autoridades locais declararam estado de calamidade em uma região com 13 milhões de habitantes.
Embora o tufão não tenha atingido diretamente as Filipinas, ele intensificou as chuvas sazonais, resultando em inundações na ilha de Luzon, a mais populosa do arquipélago.
Em Taiwan, o governo anunciou o fechamento de escolas e escritórios e a suspensão de exercícios militares anuais destinados a preparar o país para uma possível invasão da China. Pequim considera Taiwan e a China continental como partes de uma única China. Mais de 600 mil pessoas foram deslocadas, e pelo menos 12 mortes foram atribuídas diretamente à tempestade, conforme divulgado pela agência nacional de desastres na quarta-feira (24).
Algumas pessoas que foram resgatadas buscaram abrigo em uma igreja. “Tudo ficou submerso e destruído. A inundação chegou ao segundo andar da nossa casa, arruinou todas as nossas coisas e nada foi salvo”, relatou um sobrevivente.
O presidente das Filipinas, Ferdinand Marcos Jr., conhecido como Bongbong Marcos, ordenou assistência imediata e a preparação de suprimentos para as comunidades isoladas. O mau tempo tem dificultado o resgate de nove marinheiros que precisaram saltar no mar com coletes salva-vidas após o afundamento de seu navio de carga.
“Eles estão flutuando no mar”, disse Hsiao Huan-chang, das equipes de emergência da ilha. Várias embarcações foram enviadas, mas a visibilidade e o vento intenso complicam o resgate. “Assim que o tempo permitir, enviaremos barcos e helicópteros, mas por enquanto não é possível”, acrescentou Hsiao.
Na manhã desta quinta-feira (25), o centro do tufão havia se deslocado para o mar, com ventos de aproximadamente 150 quilômetros por hora, menos intensos do que no dia anterior, segundo o gabinete meteorológico de Taiwan. A tempestade já havia causado duas mortes e mais de 200 feridos antes mesmo de atingir o solo.
Gaemi seguia em direção à província chinesa de Fujian, enquanto as autoridades de Taiwan alertavam que “o vento e a chuva continuam ameaçando várias partes” do território.
As Filipinas enfrentam, em média, 20 tempestades tropicais por ano, que frequentemente causam inundações e deslizamentos mortais. Em 2022, a tempestade tropical Megi causou a morte de mais de 80 pessoas no arquipélago e deslocou mais de 17 mil habitantes.
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