
John Chell argumenta que as leis atuais estão permitindo que criminosos perigosos evitem deportação.
Por Schirley Passos|GNEWSUSA
O chefe de patrulha do Departamento de Polícia de Nova York (NYPD), John Chell, está pedindo uma revisão das leis de cidade santuário de Nova York. Segundo Chell, as regras atuais dificultam a cooperação do NYPD com o Serviço de Imigração e Alfândega dos EUA (ICE) em casos de crimes violentos, o que, na sua visão, está permitindo que criminosos perigosos permaneçam nas ruas da cidade.
A polêmica ganhou força após a prisão de dois migrantes envolvidos no estupro de uma mulher de 46 anos em Coney Island, Brooklyn. Um dos suspeitos havia sido recentemente libertado da prisão, onde cumpria pena por um estupro cometido no ano anterior em um abrigo da cidade. Chell criticou a falta de ação após o término da sentença: “Quando o caso foi julgado, seu próximo passo deveria ter sido pegar um ônibus ou avião e sair da nossa cidade”, disse ele.
O prefeito de Nova York, Eric Adams, também expressou sua frustração com as leis atuais, classificando o caso de Coney Island como “desprezível” e destacando a necessidade de revisar as normas para permitir uma melhor coordenação entre o NYPD e o ICE. “As leis não nos permitem coordenar com o ICE. Essa é a lei. E, você sabe, não estou feliz com isso. E acho que ele é o garoto-propaganda do que há de errado em não fazer essa coordenação”, afirmou Adams.
Chell reforçou sua posição sobre a necessidade de mudança nas leis, enfatizando que aqueles que cometem crimes violentos devem enfrentar as devidas consequências, independentemente de seu status migratório.
“A maioria deles está aqui pelo sonho americano, mas há uma pequena parcela que não está… Não importa qual seja seu status, você comete um crime violento, tem que haver consequências para isso”, afirmou o chefe de patrulha. “Estamos apenas esperando que o governo local faça esse ajuste nessas leis para realmente, no final das contas, tudo isso se enquadra na bandeira de manter as pessoas seguras.”
Kenneth Genalo, diretor do escritório de campo do ICE, também ecoou as preocupações de Chell durante uma entrevista à uma rede de televisão em julho. Ele destacou os desafios impostos pelas leis de santuário para garantir a segurança pública. “Se não estamos cooperando e as políticas do santuário não permitem que o NYPD coopere com minha equipe, como podemos manter a comunidade segura?”, questionou Genalo.
No entanto, especialistas em defesa criminal, como Robert Osuna, apontam que as restrições impostas às colaborações entre o NYPD e o ICE são necessárias em muitos casos. Segundo Osuna, “eles não devem notificar o ICE a menos que haja um mandado judicial contra o indivíduo. Essa pessoa não teria um mandado judicial com a imigração porque a imigração não tomaria conhecimento dessa infração”.
Enquanto isso, Adams planeja discutir questões relacionadas à imigração e segurança pública durante a Convenção Nacional Democrata na próxima semana, buscando apoio para revisar as políticas de cidade santuário.
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