Relatório mostra aumento de 142 mil empregos em energia limpa, com alta sindicalização e crescimento impulsionado por legislação recente.
Por Tatiane Martinelli | GNEWSUSA
Os empregos na área de energia limpa, que abrangem setores como energia eólica, solar, nuclear e armazenamento de baterias, cresceram em 142 mil postos de trabalho, representando um aumento de 4,2% no último ano, de acordo com o Relatório de Energia e Emprego dos EUA. Esse crescimento foi superior ao registrado em 2022, que foi de 3,9%, e também superou a taxa média de crescimento de empregos no país, que foi de 2% em 2023.
Além disso, a taxa de sindicalização no setor de energia limpa atingiu 12,4%, um número que ultrapassa o de 11% observado em toda a indústria de energia, conforme o relatório. Esse aumento é resultado do crescimento nos setores de construção e serviços públicos, além das legislações implementadas em 2022, incluindo a Lei de Redução da Inflação, do presidente Joe Biden.
Betony Jones, responsável por empregos no Departamento de Energia, mencionou em uma conferência com jornalistas que os empregos de construção em energia limpa, impulsionados por legislação e investimentos privados, devem se manter em alta por várias décadas, à medida que se constrói a infraestrutura necessária para a transição energética.
Ela ressaltou que, embora os trabalhadores sindicalizados possam ser deslocados entre projetos, há uma continuidade que permite o desenvolvimento de carreiras nesse setor.
No entanto, os dados sobre empregos nos combustíveis fósseis apresentaram um panorama mais misto. O mercado de gás natural viu um crescimento de mais de 77 mil empregos, ou 13,3%, enquanto o setor de petróleo perdeu mais de 44 mil postos, uma queda de 6%.
O setor de carvão também registrou uma redução significativa, com uma perda de quase 8.500 empregos, ou 5,3%, à medida que a geração de energia continua fazendo a transição do carvão para fontes como gás, eólicas e solares. O assessor climático da Casa Branca, Ali Zaidi, comentou que o relatório reflete o compromisso do governo com a segurança energética e a mitigação das mudanças climáticas.
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