
Ex-diplomata acusa irregularidades e reafirma vitória sobre Maduro, com apoio de entidades internacionais.
Por Gilvania Alves|GNEWSUSA
O ex-diplomata Edmundo González, conhecido opositor do regime de Nicolás Maduro, anunciou que não comparecerá à sessão convocada pelo Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela. A audiência, agendada para a manhã da última quarta-feira (7), tinha como objetivo revisar o processo eleitoral que resultou na reeleição de Maduro.
González considera o procedimento do TSJ irregular e em desacordo com as normas eleitorais estabelecidas, além de afirmar que sua segurança estaria em risco caso ele se apresentasse. “Se eu fosse perante o tribunal, o faria em uma situação de absoluta indefesa, porque o trâmite adiantado pela Câmara Eleitoral, tal como foi anunciado pelos meios de comunicação, não corresponde com nenhum procedimento legal contemplado na Lei Orgânica do Tribunal Supremo de Justiça ou outra lei sobre a jurisdição eleitoral”, escreveu González em uma carta aberta, expressando sua preocupação com a legitimidade do processo judicial.
Apesar das alegações de vitória por parte de Maduro, o cenário apresentado por González é bastante diferente. Em comunicado divulgado no início da semana, ele se proclamou presidente eleito da Venezuela, respaldado por documentos que mostram um resultado eleitoral favorável à oposição: 67% dos votos para González contra 30% para Maduro. Este resultado alternativo foi reconhecido por instituições internacionais respeitadas, como a agência de notícias AFP e o Centro Carter, que avalizaram a vitória de González.
“Agora, cabe a todos nós respeitarmos a voz do povo”, declarou González em um comunicado. “Fizemos a nossa parte. Realizamos a mais formidável mobilização cívica para que a vitória eleitoral fosse inquestionável. É um triunfo obtido com enorme energia e firmeza.”
A vitória, conforme afirmada por González, representa uma clara manifestação da vontade popular. “Essa é a expressão da vontade popular”, afirmou o ex-diplomata, destacando que sua campanha venceu em todos os estados e em quase todos os municípios do país. “Todos os cidadãos são testemunhas desta realidade, incluindo os membros do Plano República.”
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