Agressões ocorrem após confusão envolvendo consumo de bebidas alcoólicas e cigarros dentro da estação; CPTM e PM prometem apurar o caso.
Por Ana Raquel |Gnewsusa
Um homem de 22 anos foi brutalmente espancado por seguranças da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) dentro da estação Brás, na região central de São Paulo, na última sexta-feira 30 de agosto. Um policial militar à paisana também participou das agressões, que foram registradas por passageiros que estavam no local.
Imagens gravadas por testemunhas mostram o momento em que o jovem é cercado pelos agentes e agredido com chutes e golpes de cassetete. Em seguida, aparentando estar desacordado, ele é arrastado para outro local, enquanto um segundo homem também é arrastado pelos seguranças, mas é poupado das agressões graças à intervenção de outros passageiros.
De acordo com a CPTM, a confusão teve início por volta das 21h30, quando seguranças foram acionados para atender uma ocorrência de consumo de bebidas alcoólicas e cigarros por cerca de dez passageiros dentro da estação, o que é proibido pelo regulamento do Transporte Público. Ao tentar conduzir o grupo para fora do sistema, os seguranças teriam sido agredidos pelos passageiros, levando à reação violenta dos agentes de segurança e do policial militar que patrulhava a região.
Em nota, a CPTM afirmou que “não tolera qualquer tipo de violência nos trens e estações, seja por parte de seus colaboradores ou passageiros que utilizam o sistema”. A empresa garantiu que as abordagens feitas pelos seus funcionários serão investigadas, e, caso sejam constatadas irregularidades na conduta dos colaboradores diretos, medidas administrativas serão aplicadas, variando de advertência até demissão. Vigilantes terceirizados, se comprovada a má conduta, serão afastados permanentemente.
A Secretaria de Segurança Pública informou que a Polícia Militar está analisando as imagens e tomará as medidas cabíveis caso seja apurada qualquer irregularidade na conduta do policial envolvido. Segundo a PM, o jovem de 22 anos passou por exame de corpo de delito e foi orientado sobre o prazo para representação criminal.
O caso foi registrado no 8° Distrito Policial (Belenzinho), onde as investigações continuam para esclarecer os detalhes do incidente e responsabilizar os envolvidos.
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