
Nanda Baniwa, parte da delegação brasileira de canoagem, relata ter sua identidade cultural ferida ao ter cocar confiscado na imigração dos EUA.
Por Gilvania Alves|GNEWSUSA
A atleta indígena Nanda Baniwa, integrante da delegação brasileira de canoagem, fez uma denúncia sobre um incidente que envolveu a apreensão de seu cocar ao passar pela imigração dos Estados Unidos. Ela viajou para o Havaí para competir no Campeonato Mundial de Canoa Havaiana, conhecido como Va’a, um dos mais renomados eventos da modalidade.

Através de suas redes sociais, Nanda expressou seu descontentamento, afirmando que foi vítima de discriminação por parte dos funcionários do aeroporto. “Antes de tudo, foi o meu primeiro cocar. Primeiro, a luta já tinha sido grande para conseguir o visto depois do tratamento horrível que tive na primeira entrevista e agora um outro tratamento que fere tudo aquilo que tanto lutamos”, desabafou.
De acordo com o relato, a atleta e sua equipe tentaram manter a calma, preocupadas em garantir que conseguissem embarcar para o campeonato. No entanto, Nanda afirmou que o funcionário da imigração parecia agir de forma a prejudicá-las, pedindo até comprovação de sua origem indígena. “Eu me vi lesada e incrédula”, afirmou a atleta.
A apreensão teria sido justificada com base em leis de proteção ambiental dos Estados Unidos, uma alegação que Nanda questionou. “Se vamos falar sobre isso queria saber quanto o povo deles lutam por aquilo?”, rebateu a atleta, que ainda criticou a hipocrisia do tratamento que recebeu. “A degradação ao meio ambiente é a maior e poderia imaginar”, concluiu.
O episódio trouxe à tona questões sobre respeito e preservação das culturas indígenas em um contexto internacional, especialmente em competições de grande porte como a que Nanda participará.
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