Mesmo com pedido de suspensão rejeitado, Guilherme Boulos é alvo de investigação por possíveis irregularidades em campanha antecipada e abuso de poder.
Por Gilvania Alves|GNEWSUSA
A Justiça Eleitoral decidiu nesta semana negar o pedido de liminar que visava suspender a candidatura de Guilherme Boulos (PSOL) à Prefeitura de São Paulo, mas autorizou a investigação sobre possíveis abusos de poder político e econômico cometidos pelo candidato.
O MPE havia acusado Boulos de ter alavancado sua candidatura antes do período permitido, utilizando eventos com a presença do presidente Lula (PT) para promover seu nome, configurando uma pré-campanha ilegal. Em um desses eventos, Lula teria feito um pedido explícito de votos para Boulos, o que o órgão considera um claro abuso de poder político.
Embora o juiz tenha negado a liminar para suspender a candidatura, ele abriu caminho para que a investigação prossiga. O magistrado destacou que a suspensão imediata poderia comprometer as eleições, mas ressaltou a importância de apurar as acusações. “A concessão da liminar pleiteada […] poderá gerar a ausência do nome do candidato na urna eletrônica […] o que poderá acarretar perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão […], nulidade das eleições”, afirmou.
O MP insiste que Boulos, ao se beneficiar da máquina pública e do apoio direto de Lula, possa ter violado as regras eleitorais de forma grave, lançando dúvidas sobre a lisura de sua candidatura. A acusação de gastos ilícitos de recursos também segue no foco da investigação.
A defesa de Boulos tentou minimizar o impacto da decisão judicial, afirmando que “não existem motivos no pedido do MPE” para barrar a candidatura. No entanto, o processo segue em andamento e pode trazer novas revelações à medida que as investigações se aprofundam.
O futuro da candidatura de Boulos agora está diretamente ligado ao resultado dessas investigações, que poderão expor práticas irregulares e manchar ainda mais sua tentativa de assumir a prefeitura de São Paulo. Enquanto isso, a desconfiança cresce sobre o uso da máquina pública e o apoio presidencial em benefício de um candidato de esquerda.
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