
Blogueiros bolsonaristas são perseguidos em ação policial que gera críticas; operação envolve invasões domiciliares e bloqueio de contas.
Por Gilvania Alves|GNEWSUSA
Na última quarta-feira (14), o ministro Alexandre de Moraes, do STF, mais uma vez ordenou a prisão de dois blogueiros bolsonaristas, Allan dos Santos e Oswaldo Eustáquio. Santos, que atualmente busca refúgio nos Estados Unidos, e Eustáquio, residente na Espanha, foram declarados foragidos pela Justiça, em uma ação que muitos consideram como uma ofensiva direta contra a liberdade de expressão.
A Polícia Federal (PF), cumprindo as ordens de Moraes, realizou buscas e apreensões em dois locais, inclusive na residência da ex-mulher de Eustáquio, em Brasília. A operação, denominada “Disque 100”, contou até mesmo com a presença do Conselho Tutelar, já que o filho de Eustáquio gravou um vídeo criticando o delegado Fábio Schor, responsável pela investigação de Jair Bolsonaro. A PF alegou que Eustáquio teria “utilizado a condição de menoridade para ocultar sua verdadeira autoria”, acusando-o de possível corrupção de menores.
Além disso, Moraes também ordenou o bloqueio das redes sociais do senador Marcos Do Val (Podemos-ES) e o bloqueio de R$ 50 milhões de suas contas bancárias. Do Val é acusado de “obstruir a justiça” ao publicar nas redes sociais a imagem do delegado Schor, declarando: “Ele é o responsável por prender patriotas inocentes e fazer milhares de crianças chorarem por causa da ausência de seus pais”.

A Polícia Federal, por sua vez, afirmou que a atitude do senador configura uma tentativa de interferir nas investigações. Segundo nota oficial, “os envolvidos podem responder pelos crimes de corrupção de menores, divulgação de segredo e embaraço à investigação sobre organização criminosa”. Desde que Andrei Rodrigues assumiu a direção da PF, têm sido tomadas medidas para proteger a identidade dos delegados envolvidos em inquéritos delicados, como o que investiga o ex-presidente Bolsonaro.
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