Mulher é presa por envenenar dois irmãos com cajus em Parnaíba; menino de 7 anos morre

Menino de 7 anos morre após envenenamento em Parnaíba; suspeita presa.

Criança teve morte encefálica confirmada após consumir fruta envenenada; irmão mais velho segue em estado crítico. Polícia encontra veneno na casa da suspeita.

Por Ana Raquel |Gnewsusa 

Uma tragédia abala a cidade de Parnaíba, no norte do Piauí, após a confirmação da morte de João Miguel Silva, de 7 anos, na tarde desta quarta-feira 28 de agosto. O menino foi vítima de envenenamento após consumir cajus supostamente oferecidos por uma vizinha, Lucélia Maria da Conceição Silva, de 52 anos. O caso também deixou seu irmão mais velho, de 8 anos, em estado crítico na UTI pediátrica do Hospital de Urgência de Teresina.

O incidente ocorreu na noite de quinta-feira 22 de agosto, quando Lucélia teria entregue as frutas aos irmãos. Ambas as crianças começaram a apresentar sintomas graves de envenenamento pouco depois de ingerirem os cajus, sendo levadas de imediato ao Hospital Nossa Senhora de Fátima, em Parnaíba. Devido à gravidade do quadro, foram transferidas para Teresina em uma aeronave do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

João Miguel, que estava internado desde domingo 25 de agosto, teve morte encefálica confirmada pela Secretaria de Saúde do município. Seu irmão continua lutando pela vida, em estado crítico, na UTI pediátrica.

A Polícia Civil de Parnaíba agiu rapidamente e prendeu Lucélia Maria da Conceição Silva, que foi identificada como a principal suspeita do crime. Durante a investigação, a polícia realizou buscas na residência da suspeita e encontrou embalagens de uma substância semelhante à estricnina, conhecida popularmente como “chumbinho”, escondidas sob uma cômoda. Lucélia alegou que o veneno era utilizado para controle de ratos, mas a descoberta levantou sérias suspeitas sobre suas intenções.

Além do veneno, a polícia também apreendeu uma sacola com cajus, que foram enviados para análise no Instituto de Criminalística. Os resultados dos exames que identificarão a substância tóxica nas frutas ainda não foram divulgados.

A prisão em flagrante de Lucélia foi transformada em prisão preventiva pelo juiz Marcos Antonio Moura Mendes, que considerou a existência de provas materiais e indícios de autoria suficientes para mantê-la detida. A decisão judicial foi reforçada por relatos de vizinhos que mencionaram comportamentos agressivos da suspeita em relação a crianças da vizinhança.

Segundo o delegado Renato Pinheiro, da Central de Flagrantes de Parnaíba, Lucélia negou o envenenamento, mas durante as buscas em sua residência, indicou voluntariamente o local onde o veneno estava guardado. A atitude da suspeita, somada às evidências encontradas, fortaleceram as acusações contra ela.

O caso continua a ser investigado pela Polícia Civil, que busca esclarecer os motivos por trás do envenenamento e garantir que todos os envolvidos sejam responsabilizados. Enquanto isso, a comunidade de Parnaíba está profundamente abalada pela perda trágica de João Miguel e teme pelo futuro do irmão mais velho, que segue em estado crítico. Lucélia Maria da Conceição Silva permanece presa na Penitenciária Mista de Parnaíba, aguardando o desenrolar das investigações e o julgamento do caso.

Leia mais

Rússia adverte que Terceira Guerra Mundial pode atingir os EUA

Tragédia em Shavano Park: esposa de advogado mata o marido e comete suicídio em propriedade de luxo

Investigação revela relação entre Hotéis do PCC e movimentação da Cracolândia em São Paulo

Seja o primeiro a comentar

Faça um comentário

Seu e-mail não será publicado.


*