PF apreende meio milhão em dinheiro em avião de advogado de Adélio Bispo

Foto/Reprodução.

Fernando Magalhães nega envolvimento com a quantia e afirma que dinheiro pertence a passageiro convidado pelo piloto.

Por Gilvania Alves|GNEWSUSA 

O advogado criminalista Fernando Costa Oliveira Magalhães, conhecido por ter defendido Adélio Bispo, autor da facada contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, e o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola”, condenado pela morte de Eliza Samudio, volta ao centro das atenções após a Polícia Federal apreender mais de meio milhão de reais em um avião de sua propriedade. O caso ocorreu em Belo Horizonte, e a aeronave estava em operação no Aeródromo Carlos Drummond de Andrade, conhecido como Aeroporto da Pampulha.

De acordo com fontes ligadas à investigação, a aeronave bimotor, de prefixo PT-RDK, transportava R$ 583 mil sem comprovação de origem. A Polícia Federal informou que a quantia estava em posse de dois passageiros que foram conduzidos para prestar esclarecimentos. “A aeronave está legalizada e regular, tendo sido liberada juntamente com o piloto no mesmo ato”, disse Magalhães, que afirmou não ter qualquer relação com o montante apreendido.

O advogado declarou que não estava no avião no momento da apreensão e esclareceu que o dinheiro pertencia a um dos passageiros, que teria pego carona a convite do piloto. Segundo Magalhães, o responsável pelos valores afirmou que as cédulas seriam provenientes da venda de uma casa. Ele reiterou que o avião, fabricado pela Embraer em 1980, está em total conformidade com as regulamentações da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) e não é utilizado para táxi aéreo.

A operação da Polícia Federal que resultou na apreensão tinha como objetivo inspecionar hangares e aeronaves no Aeroporto da Pampulha. Empresas atuantes no local foram notificadas por irregularidades, e as autoridades destacaram que as ações fazem parte de inspeções de rotina.

Magalhães, no entanto, não é estranho às investigações policiais. Em junho deste ano, ele foi alvo de outra operação da Polícia Federal, que apurava supostas ligações do advogado com empresas de fachada criadas para lavagem de dinheiro de organizações criminosas. Assim como no caso recente, o advogado negou veementemente qualquer envolvimento com atividades ilícitas.

O Aeroporto da Pampulha, por sua vez, declarou que opera em conformidade com as normas da Anac e se colocou à disposição para colaborar com as autoridades nas investigações em curso.

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