
Tremor de 5,3 na Costa Portuguesa em 2024 Recorda o Maior Sismo da História do País, que Dizimou a Capital e Deixou Milhares de Mortos.
Por Camila Fernandes | GnewsUSA
Nesta segunda-feira, 26 de agosto, um terremoto de magnitude 5,3 atingiu a área costeira de Portugal, sendo o mais forte desde 1969. O abalo trouxe à memória o devastador terremoto de 1º de novembro de 1755, que causou a morte de 10 a 30 mil pessoas e reduziu Lisboa, então uma das cidades mais importantes do mundo, a escombros.
O reverendo Charles Davy, que testemunhou o desastre de 1755, descreveu a manhã de 1º de novembro como especialmente bonita, o que fez muitos acreditarem que o terremoto era uma punição divina. A tragédia não só marcou Portugal profundamente, como também teve repercussão global. Segundo Vic Echegoyen, autor do romance histórico Ressuscitar, o impacto foi particularmente traumático, dado o status de Lisboa como capital de um império colonial que se estendia por África, Ásia e América Latina, tornando Portugal um reino muito rico.
Echegoyen destacou que o terremoto de 1755 foi a primeira catástrofe natural a ter sua notícia espalhada rapidamente pelo mundo, sendo considerado “a primeira catástrofe global da mídia” que atraiu atenção em toda a Europa. Esse evento transformou a bela e próspera Lisboa em uma cidade de desolação e horror.
Edward Paice, autor de A Ira de Deus, recorda que a arquitetura de Lisboa, fortemente influenciada pelo Oriente e pela tradição islâmica, foi gravemente danificada. “Lisboa era uma visão muito atraente para os visitantes de primeira viagem, com mosteiros grandiosos e palácios de grande escala. O Sol estava brilhando em todo o seu esplendor. Toda a face do céu estava perfeitamente serena e clara; e não havia o menor sinal de alerta daquele evento que se aproximava”, relatou Paice.
O terremoto de 1755 é considerado um dos desastres naturais mais mortais da história, com dezenas de milhares de vítimas. A resposta ao desastre, no entanto, foi controversa. O famoso filósofo Voltaire escreveu sobre a reação das autoridades portuguesas, que optaram por celebrar um auto de fé, um ritual de penitência pública, acreditando que isso poderia prevenir novos tremores. Voltaire satirizou essa crença em seu livro Cândido, destacando a ironia de tal medida em meio à devastação.
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