
Comunidade internacional pede verificação independente dos atos eleitorais na Venezuela.
Por Gilvania Alves|GNEWSUSA
A União Europeia (UE) anunciou no último domingo (4) que não reconhece os resultados das eleições presidenciais na Venezuela, nas quais Nicolás Maduro foi declarado vencedor. Segundo o alto representante do Conselho Europeu da UE, Josep Borrell, “os resultados não podem ser reconhecidos” enquanto o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela não publicar os registros oficiais de votação.
Em comunicado oficial, Borrell afirmou: “Qualquer tentativa de atrasar a publicação completa das atas oficiais da votação só lançará mais dúvidas sobre a credibilidade dos resultados publicados oficialmente.” A UE também solicitou uma “verificação independente dos atos eleitorais” realizada por uma entidade de prestígio internacional.
Observadores internacionais apontaram que o processo eleitoral não atendeu aos “padrões internacionais de integridade eleitoral”. Documentos da oposição venezuelana sugerem que o candidato Edmundo González teria vencido as eleições por uma margem significativa.
O chanceler venezuelano, Yvan Gil, respondeu à declaração europeia exigindo que a UE “tire os narizes da Venezuela” e “respeite e faça silêncio”. A resposta foi divulgada em sua conta no X (antigo Twitter).
A oposição venezuelana e diversos líderes latino-americanos também se recusaram a aceitar a vitória de Maduro na eleição de 28 de julho. Após o pleito, houve protestos em todo o país, resultando em mais de duas mil prisões, conforme dados divulgados pelo governo Maduro.
A União Europeia expressou preocupações sobre a situação dos direitos humanos na Venezuela, incluindo a liberdade de expressão. “A União Europeia pede às autoridades venezuelanas que ponham fim às detenções arbitrárias, a repressão e a retórica violenta contra os integrantes da oposição e da sociedade civil e que libertem todos os presos políticos“, declarou a UE.
A comunidade internacional ressalta a importância de um processo eleitoral transparente e justo para o futuro do país. A pressão por uma revisão dos resultados e o respeito aos direitos humanos são pontos cruciais destacados pelas nações envolvidas.
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