Deputada questiona prioridades do governo e destaca desperdício em áreas não essenciais
Por Gilvania Alves|GNEWSUSA
Em um cenário de contenção orçamentária, o governo Lula anunciou na última terça-feira (30) um decreto detalhando o bloqueio de R$ 15 bilhões no Orçamento. O decreto inclui R$ 11,17 bilhões em bloqueios e R$ 3,84 bilhões em contingenciamentos, afetando diversas áreas governamentais.
Os principais setores prejudicados são Saúde, com R$ 4,419 bilhões, Cidades (R$ 2,133 bilhões), Transportes (R$ 1,512 bilhão), Educação (R$ 1,284 bilhão) e Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (R$ 924 milhões). Juntas, essas áreas representam 68% do total congelado.
A deputada Carla Zambelli expressou forte crítica ao congelamento de recursos, afirmando:
“A julgar pelos lamentáveis acontecimentos na Venezuela nos últimos dias e o apoio do PT a Maduro, o governo Lula fechou o mês de julho com chave de ouro ao congelar R$ 5,7 bilhões de Saúde e Educação. Sempre ouço que tudo o que o governo faz é ruim, insuficiente, ou que tudo o que vem dele chega tarde ou malfeito. Em resumo, esta é a noção que a maioria dos brasileiros tem do governo Lula. Não é preciso dizer quantas razões a população tem para pensar assim, ainda mais agora.
Se o desenvolvimento de um país é o objetivo principal, a saúde e a educação são os indicadores fundamentais para se chegar a ele. Por que não exigir a demissão de funcionários da EBC, uma emissora que não atrai audiência? Por que não extinguir funções gratificadas que servem como cabides de emprego? Por onde andam os adeptos do ‘Viva o SUS’ cobrando respostas? A União gastou R$ 3,3 bilhões em 2023 com diárias, passagens e locomoção. Este é o maior valor real em nove anos.
Enquanto isso, os médicos que estão nas UTIs dos hospitais públicos, salvando três a quatro pacientes diariamente, enfrentam uma jornada infernal. Retirar o investimento da educação das crianças, que são o futuro, equivale à atitude do camponês que come seu último saco de milho em vez de semeá-lo para a colheita futura.
Mesmo para os padrões de avacalhação desenfreada, para onde quer que se olhe, só se enxerga o caos.”
Com suas declarações, Zambelli ressaltou a insatisfação popular com as recentes decisões do governo e a necessidade de priorizar investimentos em setores essenciais como saúde e educação para o progresso do país.
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