
Deputada alega incitação ao ódio e genocídio em obra de arte na capital paulista.
Por Gilvania Alves|GNEWSUSA
A deputada federal Carla Zambelli apresentou uma denúncia formal ao Procurador-Geral de Justiça de São Paulo, apontando indícios de infração penal em um mural localizado na Rua da Consolação, no centro de São Paulo. A obra, assinada pelo artista Kleber Pagu, contém a frase “Palestina Livre – Do Rio ao Mar”, que Zambelli considera carregada de mensagem antissemita e genocida.
De acordo com Zambelli, a imagem, embora aparente ser uma homenagem ao povo palestino, na verdade esconde uma incitação ao ódio e à destruição do Estado de Israel, colocando em risco a comunidade judaica local. “O slogan sugere a destruição do Estado de Israel, um país soberano e parceiro do Brasil”, afirmou a deputada.
Citando o cientista político André Lajst, especialista em Oriente Médio, Zambelli reforça que a frase implica a eliminação de Israel na faixa entre o Rio Jordão e o Mar Mediterrâneo. Em um vídeo divulgado nas redes sociais, Lajst qualificou a mensagem como “uma exortação à destruição e genocídio do povo israelense.”
Zambelli pediu que o Ministério Público instaure um procedimento de investigação para apurar os fatos e que Kleber Pagu e o síndico do prédio onde o mural foi pintado sejam convocados para prestar esclarecimentos. Caso se comprovem as infrações, a deputada solicita que os responsáveis sejam criminalmente denunciados.
A denúncia ainda cita uma reportagem do Portal Uol, que considera o slogan pró-Palestina controverso e proibido, ligando-o ao grupo Hamas e à apologia ao crime contra os judeus e Israel, uma posição também adotada pelo governo alemão. “Os responsáveis pelo mural devem arcar com as consequências previstas na legislação brasileira, que criminalizam o genocídio e a incitação ao ódio”, enfatizou Zambelli.
A deputada concluiu sua manifestação citando a clássica frase de Edmund Burke, que, segundo ela, continua pertinente: “Para que o mal triunfe, basta que os bons não façam nada.”
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