Polícia Federal, Receita Federal e Marinha do Brasil apreendem sete embarcações avaliadas em R$ 800 mil cada; proprietários podem responder por falsidade ideológica e contrabando.
Por Ana Raquel |Gnewsusa
Nesta terça-feira, 3 de setembro, uma operação conjunta envolvendo a Polícia Federal, a Receita Federal e a Marinha do Brasil resultou no desmantelamento de um sofisticado esquema de contrabando de veleiros fundeados na Baía da Ilha Grande, em Angra dos Reis, Rio de Janeiro. A ação, batizada de Operação Vento na Quilha, foi deflagrada para combater o contrabando e o descaminho de embarcações que vinham sendo ilegalmente introduzidas no Brasil.
A operação teve início após as autoridades observarem a chegada de diversas embarcações na Baía da Ilha Grande, que apresentavam características de estaleiros europeus, mas que, segundo a documentação, eram supostamente de fabricação artesanal em território nacional. Essa discrepância chamou a atenção das forças de segurança, que passaram a investigar a procedência dos veleiros.
Após um trabalho minucioso de investigação, foi confirmado que os envolvidos no esquema traziam as embarcações para o Brasil e realizavam procedimentos fraudulentos na Marinha para regularizá-las como se fossem construções nacionais. Essa prática incluía a apresentação de laudos de engenharia naval, o que mascarava a verdadeira origem das embarcações.
Na ação realizada hoje, foram apreendidas sete embarcações, cada uma avaliada em cerca de R$ 800 mil. Esses veleiros foram considerados como sendo contrabandeados mediante fraude, configurando-se, assim, em graves infrações legais. Os proprietários das embarcações serão intimados a prestar depoimento às autoridades competentes e poderão responder por crimes como falsidade ideológica, contrabando e descaminho.
O sucesso da Operação Vento na Quilha evidencia a importância da cooperação entre diferentes órgãos do governo no combate a crimes complexos, como o contrabando de bens de alto valor agregado. As investigações continuarão para identificar todos os envolvidos no esquema e garantir que os responsáveis sejam devidamente punidos de acordo com a lei.
Além das apreensões, a operação reforça a fiscalização em áreas estratégicas e de grande circulação marítima, como é o caso da Baía da Ilha Grande, visando impedir que atividades ilegais coloquem em risco a segurança e a integridade do território nacional.
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