
A americana Carly Gregg, de 15 anos, que matou a mãe e atirou no padrasto
Por Tatiane Martinelli | GNEWSUSA
A jovem Carly Gregg, de apenas 15 anos, foi sentenciada à prisão perpétua, sem possibilidade de liberdade condicional, após cometer um crime brutal: assassinou sua mãe, Ashley Smylie, de 40 anos, em um trágico episódio que ocorreu no Mississippi, EUA, no dia 19 de março deste ano. O julgamento, que ocorreu na semana passada, revelou detalhes perturbadores sobre a sequência de eventos que levaram à tragédia.
Durante o julgamento, testemunhos indicaram que Carly fez uma chamada urgente para uma amiga, sugerindo que algo grave havia acontecido. Quando a amiga chegou à sua casa, Carly a surpreendeu ao perguntar se ela já havia visto “um corpo morto”, apontando para o corpo de sua mãe, estendido no chão do seu quarto.
Depois de cometer o homicídio, Carly enviou uma mensagem ao seu padrasto, Heath Smylie, usando o celular da mãe, se fazendo passar por Ashley. A mensagem, insensivelmente elaborada, perguntava: “Que horas você vai chegar, querido?“.
Heath, que sofreu um tiro no ombro e teve sorte ao escapar de outros dois disparos, conseguiu desarmar Carly, que tentou fugir, mas foi capturada rapidamente. Em seu depoimento, ele descreveu a experiência como algo incompreensível: “Nunca vi ninguém assim, nem mesmo em filmes. Ela não parecia ser ela mesma, e eu nem acredito que tenha me reconhecido.” A arma utilizada no crime, uma .357 Magnum, havia sido um presente que Heath dera à sua esposa.
As investigações revelaram que Carly mantinha comportamentos problemáticos, incluindo o uso de telefones descartáveis e a utilização de substâncias como maconha e THC. Uma amiga da adolescente alertou Ashley sobre o consumo de drogas, e foi pouco antes de ser morta que a mãe entrou no quarto da filha e encontrou as substâncias.
Um livro encontrado no quarto de Carly continha mensagens perturbadoras sugerindo que “está tudo bem ser má“. Um psiquiatra que avaliou a jovem considerou as anotações alarmantes. Os vídeos apresentados no tribunal mostraram Carly disparando três vezes contra a mãe, durante os quais eram ouvidos gritos angustiados.
A defesa argumentou que Carly lutava contra problemas mentais severos e que, no dia do crime, teve um “episódio de estresse agudo” que culminou na tragédia. A advogada de defesa, Bridget Todd, enfatizou que a jovem não se lembrava de atirar em sua mãe: “Esta não era uma criança má, mas sim uma jovem lidando com problemas significativos de saúde mental”.
Ao ouvir a sentença do juiz na última sexta-feira (20), Carly foi tomada pela emoção e lágrimas. A complexidade do caso levanta questões profundas sobre saúde mental, crime e responsabilidade, deixando a comunidade em choque e reflexão.
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