Cidadã americana é fatalmente atingida na cabeça por forças israelenses durante protesto

Vítima estava participando de uma manifestação que se opunha ao assentamento irregular de colonos israelenses nas terras palestinas.
Por Tatiane Martinelli | GNEWSUSA

Uma cidadã americana que se uniu a um protesto contra a expansão dos assentamentos israelenses na Cisjordânia ocupada perdeu a vida na última sexta-feira (6) após ser atingida por um tiro na cabeça, conforme noticiado pela agência oficial palestina WAFA.

De acordo com informações, a jovem foi identificada como Aysenur Ezgi Eygi, de apenas 26 anos. Ela atuava como voluntária na Fazaa, uma iniciativa social dedicada a apoiar os agricultores palestinos diante das frequentes agressões cometidas por colonos israelenses e pelas forças armadas de Israel.

No momento em que foi ferida, Aysenur estava entre os moradores de Beita, que realizam protestos semanais após as orações de sexta-feira, exigindo a remoção do assentamento israelense de Avitar, localizado no Monte Sbeih, um local que consideram uma violação de seus direitos à terra.

Fouad Nafaa, diretor do Hospital Rafidia, onde Aysenur foi atendida, comunicou à agência Anadolu: “Fizemos o possível para reanimá-la, mas ela não sobreviveu aos ferimentos.”

O Exército israelense afirmou que está investigando a situação, enquanto a embaixada dos EUA ainda não se manifestou sobre o ocorrido.

Matthew Miller, porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, declarou que a situação está sendo tratada com urgência. “Nossas sinceras condolências à família e amigos. Buscamos informações adicionais sobre as circunstâncias de sua morte e nos comprometemos a informar assim que tivermos mais detalhes”, afirmou.

Além disso, um relatório indica que pelo menos seis palestinos foram mortos e outros três feridos durante uma série de bombardeios aéreos em Tubas, na Cisjordânia, na última quinta-feira (5), conforme informações do Ministério da Saúde da Palestina e do Crescente Vermelho. O exército israelense explicou que os ataques aéreos foram direcionados a supostos terroristas armados.

Desde 28 de agosto, Israel implementou uma ofensiva significativa no norte da Cisjordânia, enfrentando combatentes palestinos e provocando considerável destruição. O Ministério da Saúde relatou que a ofensiva resultou na morte de mais de 30 palestinos, incluindo crianças e combatentes.

A Cisjordânia, que possui uma área semelhante ao Distrito Federal brasileiro, é um dos territórios reivindicados pelos palestinos para a criação de um Estado independente, junto com a Faixa de Gaza. Com uma população predominantemente palestina, que representa cerca de 86% de seus 3 milhões de habitantes, a Cisjordânia continua sob controle militar israelense desde a ocupação em 1967, durante a Guerra dos Seis Dias, quando Israel iniciou a construção de assentamentos na região, considerados ilegais pela ONU e pela maioria da comunidade internacional.

 

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