Edmundo González chega à Espanha após pedir asilo para escapar da brutal perseguição de Maduro

Líder da oposição, María Corina Machado, denuncia perseguição a candidatos e reafirma promessa de assumir a presidência em 2025.

Por Gilvania Alves|GNEWSUSA

A repressão chavista na Venezuela fez mais uma vítima neste final de semana. Edmundo González Urrutia, líder da oposição e candidato nas eleições de 28 de julho, precisou deixar o país diante de uma “onda brutal de repressão“, segundo María Corina Machado, líder da oposição venezuelana. A situação política se agravou com a crescente perseguição aos adversários do regime de Nicolás Maduro, levando à fuga de González para a Espanha, onde obteve asilo político.

No último domingo (9), María Corina Machado declarou enfaticamente: “Em 10 de janeiro de 2025, será empossado como presidente constitucional da Venezuela e comandante-em-chefe das Forças Armadas Nacionais”. Ela também destacou que, enquanto González lutará “de fora com nossa diáspora”, ela permanecerá na Venezuela, liderando a resistência interna contra o regime chavista. “Eu continuarei a fazê-lo aqui, com você”, disse.

Edmundo González chegou à Espanha em um avião das Forças Armadas espanholas, após ser transferido de Caracas para a Base Aérea de Torrejón de Ardoz, em Madri, com escalas na República Dominicana e nas Ilhas dos Açores. Sua saída foi cercada de tensão e ameaças, conforme ele próprio denunciou: “Minha saída foi cercada por episódios de pressão, coerção e ameaças”, afirmou o líder oposicionista.

O procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, não hesitou em atacar González, classificando sua fuga como “o capítulo final de uma comédia”, numa tentativa de minimizar o impacto da repressão internacional sobre o regime chavista.

Repercussão internacional

A saída de González do país também repercutiu fortemente no cenário internacional. O governo dos Estados Unidos responsabilizou diretamente Nicolás Maduro pelas medidas antidemocráticas que resultaram na fuga do líder opositor. O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, declarou: “Sua saída da Venezuela é o resultado direto das medidas antidemocráticas que Nicolás Maduro desencadeou desde as eleições contra o povo venezuelano, inclusive contra González Urrutia e outros líderes da oposição”.

Os EUA destacaram ainda o papel de González como “uma voz indiscutível pela paz e mudança democrática na Venezuela”, reafirmando seu apoio à luta pela liberdade e restauração da democracia no país sul-americano.

O Equador também expressou sua preocupação com a situação política na Venezuela, classificando o regime de Maduro como “ilegítimo” e destacando a “deriva autoritária” em curso no país. O Ministério das Relações Exteriores do Equador exigiu a libertação dos presos políticos venezuelanos e pediu à comunidade internacional que monitore de perto a situação, responsabilizando o governo venezuelano por “qualquer ataque que os líderes políticos da oposição possam sofrer”.

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