
Departamento de Estado dos EUA aponta operações russas para desestabilizar Argentina e financiar tropas na Ucrânia.
Por Gilvania Alves|GNEWSUSA
O governo dos Estados Unidos revelou que a Rússia está conduzindo operações secretas com o objetivo de desestabilizar a gestão do presidente argentino Javier Milei. Segundo comunicado emitido na última sexta-feira (13), o Departamento de Estado dos EUA acusa a Rússia de usar a rede de televisão RT e outras plataformas de mídia para promover suas ações malignas.
De acordo com as informações fornecidas pelos EUA, essas manobras incluem arrecadação de fundos para a compra de armas e suporte logístico para as tropas russas que lutam na Ucrânia. “A Rússia participa de operações destinadas a desestabilizar o governo da Argentina”, afirmou o comunicado, destacando a RT como um dos principais envolvidos.
Apoio de Milei à Ucrânia
Desde que assumiu o cargo de presidente, Javier Milei tem sido um defensor declarado de Volodymir Zelensky e das forças ucranianas. Durante a reunião internacional da Plataforma da Crimeia, Zelensky agradeceu publicamente o apoio do líder argentino, a quem definiu como “um parceiro importante da América Latina“.
Para Washington, o envolvimento da RT vai além da simples disseminação de notícias pró-Rússia. O Departamento de Estado acusou a rede de estar diretamente envolvida em atividades clandestinas. “A RT tem feito parte de operações clandestinas que buscam manipular informações e adquirir equipamentos militares”, afirmou o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken.
Operações cibernéticas e interferência em eleições
Além das ações relacionadas à Argentina, a Rússia também foi acusada de utilizar a RT para influenciar resultados eleitorais em outros países. O relatório aponta para tentativas de interferência nas eleições da Moldávia, previstas para outubro de 2024, com a promoção de protestos violentos caso candidatos pró-Rússia não fossem eleitos.
Blinken enfatizou a gravidade dessas operações: “A RT se tornou uma extensão do aparato de inteligência russo, com capacidades cibernéticas significativas e envolvimento direto em operações secretas.”
Diante dessas revelações, os Estados Unidos impuseram novas sanções econômicas à RT e seus afiliados, além de restrições de visto a funcionários da agência Rossiya Segodnya, que administra a RT. O governo americano também destacou o papel de Margarita Simonian, editora-chefe da RT, nas ações de desestabilização.
Sanções e advertências globais
O secretário de Estado norte-americano deixou claro que, embora os EUA apoiem a liberdade de expressão, isso não inclui a tolerância com desinformação e propaganda que financia operações militares. “Os Estados Unidos defendem a liberdade de expressão, mesmo quando se trata de mídia que dissemina propaganda do governo”, disse Blinken, “mas não permitiremos que atores como a RT continuem a apoiar as atividades prejudiciais da Rússia.”
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