
Departamento de Justiça não pede danos e prejuízos por eventuais custos na reconstrução da ponte, pelos quais o estado de Maryland provavelmente apresentará ação separada
Por Tatiane Martinelli | GNEWSUSA
O Departamento de Justiça dos Estados Unidos anunciou nesta quarta-feira a abertura de uma ação judicial para exigir mais de 100 milhões de dólares (cerca de R$ 550 milhões) do proprietário e operador do navio cargueiro que causou o colapso de uma ponte em Baltimore.
O navio, chamado “Dali” e registrado sob a bandeira de Singapura, medindo 300 metros, colidiu com a ponte Francis Scott Key em 26 de março, resultando no desabamento da estrutura e na morte de seis trabalhadores que se encontravam no local.
A ação civil foi protocolada contra as empresas Grace Ocean Private e Synergy Marine Private no tribunal distrital de Maryland.
O procurador-geral americano, Merrick Garland, afirmou que “o Departamento de Justiça está dedicado a assegurar que os responsáveis pela destruição da ponte Francis Scott Key sejam responsabilizados”.
A iniciativa busca recuperar mais de 100 milhões de dólares em despesas relacionadas à resposta ao incidente, além da remoção de toneladas de entulho gerado pela colisão.
O navio, que perdeu potência ao deixar o porto de Baltimore em direção ao Sri Lanka, colidiu com uma das colunas de sustentação da ponte.
Essa nova ação judicial é uma resposta às tentativas anteriores de Grace Ocean e Synergy Marine, que acionaram a justiça para limitar sua responsabilidade a 44 milhões de dólares (R$ 241 milhões). Vale destacar que o Departamento de Justiça não está incluindo custos relacionados à reconstrução da ponte nesta ação, um assunto que deve ser tratado separadamente pelo estado de Maryland.
Após o acidente, o canal de Fort McHenry, que dá acesso ao porto de Baltimore e é crucial para a indústria automotiva, foi reaberto à navegação comercial em 10 de junho.
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