
A libertação ocorreu por razões humanitárias, segundo o conselheiro de Segurança da presidência dos EUA, Jake Sullivan, que declarou que Washington “agradece a liderança e a generosidade do governo da Guatemala por ter concordado generosamente em receber estes cidadãos nicaraguenses”, acrescenta.
Por Tatiane Martinelli | GNEWSUSA
Na última quinta-feira (5), os Estados Unidos anunciaram a libertação de 135 presos políticos que estavam “injustamente detidos na Nicarágua”, e expressaram sua gratidão à Guatemala por aceitar recebê-los.
De acordo com a Casa Branca, entre os libertados encontram-se 13 membros da organização evangélica Texas Mountain Gateway, além de leigos católicos, estudantes e outras pessoas que o presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, e sua esposa e vice-presidente, Rosario Murillo, consideram uma ameaça ao seu regime autoritário.
Ao chegarem à Guatemala, esses indivíduos terão a oportunidade de “solicitar vias legais para recomeçar suas vidas nos Estados Unidos ou em outros países” através de uma iniciativa do Gabinete de Mobilidade Segura, segundo informações do governo americano.
Washington também fez um apelo ao governo nicaraguense para que cesse imediatamente as detenções e prisões arbitrárias de cidadãos que apenas exercem suas liberdades fundamentais.
Desde os protestos pró-democracia de 2018, que resultaram na morte de mais de 300 pessoas em três meses, segundo a ONU, o governo de Ortega intensificou a repressão a críticos. Em 2023, o governo libertou e expulsou 316 pessoas — incluindo políticos, jornalistas, intelectuais e ativistas — aos quais acusou de traição, confiscando também suas nacionalidades e bens. A administração de Ortega tem almejado deslegitimar a Igreja Católica e fechou aproximadamente 5.500 ONGs, muitas delas religiosas.
Em um comunicado, o presidente Joe Biden, juntamente com a vice-presidente e candidata democrata às eleições de novembro, Kamala Harris, agradeceu ao presidente guatemalteco, Bernardo Arévalo, por sua “liderança constante na região em questões humanitárias e na defesa da liberdade democrática”.
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