EUA não foram informados antecipadamente sobre o ataque de Israel que resultou na morte do líder do Hezbollah

A bomba que Israel usou para matar o líder do Hezbollah, Sayyed Hassan Nasrallah, no Líbano, foi fabricada nos Estados Unidos, disse o senador americano Mark Kelly, neste domingo (29).
Por Tatiane Martinelli | GNEWSUSA

Os Estados Unidos não foram informados previamente sobre o recente ataque israelense à sede do Hezbollah em Beirute, que resultou na morte do líder do grupo militante apoiado pelo Irã.

Essa revelação, feita pelo presidente Joe Biden e outras autoridades, suscita questionamentos sobre a capacidade do governo norte-americano de exercer influência sobre Israel, um de seus principais aliados na região.

Na sexta-feira, Biden enfatizou que os EUA não tinham conhecimento ou envolvimento direto no bombardeio, que, segundo informações do Hezbollah, resultou na morte de Sayyed Hassan Nasrallah. Por sua vez, o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, também confirmou que não foi notificado previamente sobre a operação, embora estivesse em comunicação com seu homólogo israelense durante o andamento do ataque.

Austin não se aprofundou nas implicações do ataque, embora especulações sobre o futuro de Nasrallah estivessem em alta. Ele mencionou que planejava entrar em contato com o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, em um futuro próximo para obter informações adicionais sobre os acontecimentos.

Não recebemos nenhum aviso prévio. Minha conversa com o ministro Gallant aconteceu enquanto a operação já estava em curso”, afirmou Austin, deixando claro que a coordenação entre os dois países não envolveu comunicação antecipada sobre o ataque.

A eliminação de Nasrallah pode ter repercussões significativas na dinâmica do Oriente Médio. Isso pode levar Israel a redirecionar suas operações, que estavam focadas na guerra contra o Hamas na Faixa de Gaza, para enfrentar o Hezbollah. Há apreensões crescentes de que os ataques no Líbano possam provocar uma escalada do conflito, potencialmente envolvendo o Irã.

Nos últimos 12 meses, o governo Biden tem lidado com o delicado equilíbrio de apoiar o direito de Israel à autodefesa enquanto tenta minimizar as vítimas civis e evitar uma intensificação do conflito regional. Essa situação ressalta a complexidade das relações internacionais na região e a dificuldade dos Estados Unidos em gerenciar suas alianças em um contexto tão volátil.

 

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