Até o momento, este é o 14º caso do vírus H5, também conhecido como gripe aviária
Por Tatiane Martinelli | GNEWSUSA
Uma pessoa no Missouri foi diagnosticada com gripe aviária, tornando-se a primeira nos Estados Unidos a ter a doença sem ter tido contato direto com aves ou outros animais infectados, anunciaram as autoridades na sexta-feira (6).
O paciente, um adulto com condições de saúde pré-existentes, foi internado em 22 de agosto. Após receber tratamento com antivirais, ele se recuperou e teve alta, conforme informações fornecidas pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) e pelo Departamento de Saúde e Serviços para Idosos do Missouri.
Este é o 14º caso do vírus H5, a gripe aviária, nos EUA, mas a primeira ocorrência sem relato de exposição a animais. Significativamente, as autoridades estaduais destacaram que “não houve infecções por H5 registradas em gado leiteiro no Missouri”, embora alguns casos tenham sido observados em aves comerciais, domésticas e aves selvagens.
Historicamente, todas as infecções anteriores nos Estados Unidos foram registradas em trabalhadores agrícolas, com o primeiro caso datado de 2022. Em uma entrevista à AFP, Maria Van Kerkhove, diretora de prevenção de pandemias e epidemias da Organização Mundial da Saúde (OMS), afirmou que é positivo que o caso tenha sido detectado pelo sistema nacional de vigilância, que o paciente tenha recebido tratamento antiviral e que não houvesse registros de novos casos entre os contatos diretos do paciente.
Ela destacou a importância de continuar as investigações sobre a origem da infecção, conforme solicitado pelas autoridades, para fortalecer as estratégias de prevenção e resposta. A gripe aviária é comum entre aves, mas tem sido detectada recentemente em mamíferos, incluindo um surto que afetou bovinos nos EUA neste ano.
Embora possa ocasionar infecções em humanos através de contato próximo ou ambientes contaminados, o CDC considera que o risco para a população em geral é baixo, embora lembre que as circunstâncias podem mudar rapidamente conforme mais informações forem reveladas. Até o momento, não há evidências de que o vírus H5 esteja se transmitindo de pessoa para pessoa.
Os especialistas expressam preocupação de que a alta circulação do vírus facilite uma possível mutação, permitindo a transmissão entre humanos.
A OMS reiterou seu apoio aos esforços dos EUA em aprimorar a vigilância zoonótica, enfatizando que um monitoramento mais rigoroso das doenças em animais é fundamental para proteger tanto a saúde animal quanto a humana.
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