
Brian Jeffrey Raymond, que atuava em missões internacionais, drogava e filmava vítimas inconscientes; o ex-agente deverá pagar US$ 260 mil em restituição e será registrado como criminoso sexual.
Por Schirley Passos|GNEWSUSA
O ex-agente da CIA, Brian Jeffrey Raymond, foi condenado a 30 anos de prisão após se declarar culpado em um tribunal de Washington por drogar e abusar sexualmente de diversas mulheres. A maioria das vítimas foi fotografada e filmada enquanto estava inconsciente, em vários países onde Raymond foi designado, informou o Departamento de Justiça dos Estados Unidos na ultima quinta-feira (19).
De acordo com o comunicado, Raymond atraía as mulheres para residências “alugadas” pelo governo dos EUA. Ele foi preso em outubro de 2020, na Califórnia, enquanto trabalhava para uma agência governamental na Embaixada dos EUA no México, onde várias vítimas foram identificadas.
Entre agosto de 2018 e junho de 2020, durante seu tempo no México, Raymond usou sua residência oficial para cometer crimes sexuais, despindo, fotografando e filmando pelo menos nove mulheres que estavam inconscientes, conforme registros judiciais. Além disso, entre 2006 e 2020, tanto na Cidade do México quanto em outros locais, ele drogou e registrou em fotos ou vídeos pelo menos 25 mulheres, que estavam nuas ou parcialmente nuas.
Em novembro de 2023, Raymond se declarou culpado das acusações de abuso sexual, coerção, aliciamento e transporte de material obsceno. Como parte do acordo de confissão, ele admitiu ter drogado e mantido relações sexuais não consensuais com quatro mulheres, além de contato sexual não consensual com outras seis. Ele também reconheceu ter drogado 28 mulheres e criado material explícito sem o consentimento delas.
As gravações mostram Raymond tocando e manipulando os corpos das vítimas, que estavam incapazes de consentir. Quando soube da investigação criminal, o ex-agente tentou destruir as provas, apagando fotos e vídeos explícitos.
A investigação começou em 31 de maio de 2020, após vizinhos na Cidade do México alertarem a polícia sobre “uma mulher nua e desesperada, gritando por ajuda” na varanda do apartamento de Raymond. A vítima relatou que eles se encontraram pelo aplicativo Tinder e, após ele lhe oferecer uma taça de vinho em seu apartamento, ela desmaiou.
Raymond foi transferido para os EUA e, posteriormente, pediu demissão de seu cargo. Além da pena de prisão, a juíza Colleen Kollar-Kotelly determinou que ele cumpra prisão perpétua em regime de liberdade supervisionada e pague uma restituição de US$ 260 mil às vítimas.
Após ser libertado, Raymond será registrado como criminoso sexual de acordo com a lei federal de Registro e Notificação de Criminosos Sexuais (SORNA). O procurador federal Matthew M. Graves destacou que a sentença garante que Raymond “será devidamente identificado como criminoso sexual pelo resto da vida e passará uma parte substancial dessa vida atrás das grades”.
A Procuradoria e o Departamento de Justiça dos EUA expressaram sua gratidão ao governo do México, incluindo a Procuradoria Geral da República, a Procuradoria-Geral da Cidade do México e o Ministério das Relações Exteriores, pelo apoio e cooperação durante a investigação.
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