Elías Salazar, junto a outros dois suspeitos, é acusado de iniciar o incêndio devastador e enfrentará a Justiça por sua participação na maior tragédia chilena desde o terremoto de 2010.
Nesta segunda-feira (9), um ex-bombeiro foi detido no Chile, acusado de participar do incêndio devastador que causou a morte de 137 pessoas e destruiu milhares de residências em Viña del Mar, em fevereiro deste ano.
As investigações apontam que o incêndio foi criminoso e que os suspeitos agiram com o objetivo de se apresentarem como heróis. Elías Salazar, de 39 anos, que havia sido voluntário dos Bombeiros e trabalhava no Serviço Nacional de Prevenção e Resposta a Desastres (Senapred), foi preso sob a acusação de ser o “autor material” dos incêndios, tendo iniciado vários focos.
Além de Salazar, duas outras pessoas foram presas, um bombeiro e um funcionário florestal, todos com o objetivo de “participar de emergências”, segundo Guillermo Gálvez, chefe da Polícia de Investigações da região de Valparaíso. Salazar será apresentado à Justiça nesta terça-feira (10).
Vista aerea de casas e carros queimados após incendio criminoso florestal no Chile. Foto: Rodrigo Arangua.
O incêndio, que começou em 2 de fevereiro em Viña del Mar, cidade turística a 110 km de Santiago, iniciou com focos simultâneos perto do lago Peñuelas, na região de Valparaíso, a 35 km de Viña del Mar.
Durante o verão, a combinação de baixa umidade relativa do ar (menos de 30%), altas temperaturas (acima de 30ºC) e vento forte (acima de 30 km/h) ajudou a propagar o fogo rapidamente.
Além das vítimas fatais, o incêndio deixou 16 mil desabrigados e foi a maior tragédia no país desde o terremoto de 2010, que matou mais de 500 pessoas.
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