Ação mira United, Delta, American e Southwest; questionamento inclui desvalorização de recompensas, preços ocultos e taxas extras
Por Tatiane Martinelli | GNEWSUSA
O Departamento de Transporte dos EUA anunciou, na quinta-feira, que está investigando os programas de recompensas das quatro principais companhias aéreas do país: Delta Airlines, American Airlines, United Airlines e Southwest Airlines.
O objetivo da investigação é entender melhor como os consumidores são afetados por questões como a desvalorização de pontos de recompensa, tarifas ocultas, taxas adicionais e a diminuição da concorrência e opções no mercado. O departamento exigiu que as companhias aéreas apresentem relatórios detalhados sobre seus programas dentro de um prazo de 90 dias.
Esta é a primeira análise significativa do governo norte-americano sobre esses programas, que se tornaram uma fonte de receita substancial para as companhias aéreas, em muitos casos ultrapassando os ganhos provenientes da operação das aeronaves.
Embora ainda não se saiba quais serão as possíveis consequências da investigação, os reguladores podem acabar solicitando mudanças que podem impactar os lucros das companhias e das operadoras de cartões de crédito, além de comprometer uma opção de viagem apreciada por muitos consumidores.
As companhias terão que fornecer informações abrangentes sobre seus programas de recompensas, que incluem cartões de crédito, incentivos ao consumidor, fidelidade e programas de passageiro frequente, detalhando alterações realizadas nos últimos seis anos, queixas de clientes e o efeito das fusões sobre esses programas.
Pete Buttigieg, Secretário de Transportes, comentou que “muitos americanos vêem seus saldos de pontos de recompensa como parte de suas economias”, destacando que, ao contrário de uma conta poupança convencional, essas recompensas são determinadas por empresas que podem alterar seu valor sem aviso prévio.
Em resposta, a Airlines for America, que representa as principais transportadoras dos EUA, afirmou que milhões de clientes se beneficiam dos programas de fidelidade e defendeu a transparência das companhias aéreas, pedindo para que os formuladores de políticas garantam que esses benefícios permaneçam disponíveis para os consumidores.
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