Milhares de funcionários de hotéis nos Estados Unidos paralisam atividades em protesto

De acordo com o sindicato, os funcionários dos hotéis estão sobrecarregados e frequentemente uma equipe de três trabalhadores são designados para fazer o trabalho de quatro.
Por Tatiane Martinelli | GNEWSUSA

Cerca de 10 mil funcionários do setor hoteleiro nos Estados Unidos deram início a uma greve de vários dias em diversas cidades, a partir de domingo. Essa mobilização ocorreu após a paralisação das negociações de contrato com as redes Marriott International, Hilton Worldwide e Hyatt Hotels, conforme informou o sindicato Unite Here.

O Unite Here, que representa trabalhadores de hotéis, cassinos e aeroportos tanto nos Estados Unidos quanto no Canadá, destacou que milhares de funcionários de 24 hotéis estão em greve em importantes destinos turísticos, como San Francisco e San Diego, na Califórnia, Honolulu, Boston, Seattle e Greenwich, Connecticut. Além disso, há previsão de que trabalhadores de outras cidades se juntem à paralisação.

“O sindicato autorizou greves em Baltimore, New Haven, Oakland e Providence, que podem ser iniciadas a qualquer momento”, declarou a entidade em um comunicado. Os trabalhadores estão em busca de um acordo que trate de salários e do retorno de postos de trabalho cortados durante a pandemia.

“Desde a pandemia, estamos sendo solicitados a oferecer um serviço de alta qualidade com uma equipe reduzida”, afirmou o sindicato.

As camareiras em Baltimore exigem um aumento de salário, passando dos atuais US$ 16,20 para US$ 20 a hora. Em Boston, onde o ganho atual é de US$ 28 por hora, o sindicato está pleiteando um incremento de US$ 10 ao longo de quatro anos.

Em resposta, Hilton e Hyatt reafirmaram seu compromisso em negociar um acordo justo com o sindicato. O Hyatt, inclusive, divulgou que possui planos de contingência para mitigar os impactos da greve em suas operações, conforme comunicado de Michael D’Angelo, responsável pelas relações trabalhistas da rede.

Este movimento grevista surge em um contexto em que 40.000 trabalhadores da Unite Here enfrentam o término de contratos em 20 cidades neste ano. As discussões para novos contratos de quatro anos estão em andamento desde maio, e cerca de 15 mil trabalhadores já aprovaram greves em 12 mercados específicos.

“Não aceitaremos uma nova norma em que as empresas de hotelaria simplesmente aumentam seus lucros em detrimento dos serviços prestados aos hóspedes e descuidam de suas obrigações para com os trabalhadores”, declarou Gwen Mills, presidente do Unite Here, ao exigir condições melhores.

O sindicato ainda orientou os viajantes a cancelarem suas reservas em hotéis onde as greves estão ocorrendo e a solicitarem reembolsos sem penalização.

Em 2023, a Unite Here conquistou contratos significativos em Los Angeles, após greves consecutivas, e em Detroit, após uma paralisação que durou 47 dias.

 

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